Suspense
Direção: Karyn Kusama
Elenco: Logan Marshall-Green, Tammy Blanchard, Michiel Huisman, Emayatzy Corinealdi, Aiden Lovekamp, Michelle Krusiec, Mike Doyle, Jordi Vilasuso, Jay Larson, Marieh Delfino, Lindsay Burdge, John Carroll Lynch, Toby Huss
Roteiro: Phil Hay, Matt Manfredi
Duração: 100 min.
Nota: 7
Depois de passar dois anos afastada dos amigos, sem nenhum contato, Eden convida todos para seu casamento na antiga casa onde morava. Will, o ex-marido resolve comparecer ao evento, acompanhado de sua namorada, mas está inseguro de voltar ao local, onde uma tragédia destruiu a vida do antigo casal.
Apesar de não ser um grande filme, O Convite surpreende pela segurança com que sua diretora, Karyn Kusama, desenvolve e mantém o suspense. A trama, construída aos poucos, consegue capturar o espectador que, assim como o protagonista do filme, sabe o que vai acontecer, mas não muito bem como ou quando.
Entre personagens estranhos, que parecem não ter muita coisa em comum, quem se destaca é Will, um homem amargurado que simplesmente não sabe lidar com o passado e se sente afrontado com a nova postura da ex-mulher frente ao passado dos dois.
Acertando de começo no uso da mesma ferramenta, Kusama acaba se entregando às facilidades do flashback para contar aquilo que aconteceu, mas não era tão fundamental à trama, uma vez que os eventos já tinham sido decifrados por quem assiste ao filme.
Porém, o maior problema – que vem do roteiro – está na tentativa de explicar o motivo daquela inusitada reunião; a presença dos estranhos David, Sadie e Pruitt, e o desaparecimento e nova postura de Eden. O uso de vídeos gravados é muito inferior a tudo que vem se construindo até então e destoa não só do cuidado com a estética, mas da própria construção narrativa.
Mas o curioso é que O Convite sobrevive mesmo assim, causando a mesma angústia e surpresa que tinha causado até então, e chega bem ao seu desfecho esperado, mas ainda assim interessante.
Funciona muito bem como entretenimento para aqueles que gostam de filmes de suspense mais psicológicos e demonstra a versatilidade de sua diretora, que já embarcou em filmes de esporte (Boa de Briga), super-heroína (Aeon Flux) e terror (Garota Infernal) e filma agora XX, um filme coletivo, dirigido só por mulheres.
Um Grande Momento:
Choi.
Links
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