(The Twilight Saga: Eclipse, EUA, 2010)
Direção: David Slade
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Billy Burke, Anna Kendrick, Michael Welch, Justin Chon, Xavier Samuel, Ashley Greene, Peter Facinelli, Nikki Reed, Kellan Lutz, Bryce Dallas Howard, Dakota Fanning
Roteiro: Stephenie Meyer (romance), Melissa Rosenberg
Duração: 124 min.
Nota: 4
Ser baseada em literatura de baixa qualidade e deturpar muitos dos fatos mitológicos já tão conhecidos sobre vampiros e lobisomens não parece importar muito à turba insandecida de adolescentes que tratam a série como a coisa mais importante de suas vidas.
Eclipse, o terceiro livro da autodenominada saga, mistura uma guerra entre clãs de vampiros à história de amor entre Edward, um vampiro, e Bella, uma humana. Neste episódio, antes da esperada transformação dela, a relação do casal protagonista é apimentada – finalmente – com a descoberta da atração que Bella sente por seu amigo Jacob, um lobisomem.
Depois de duas sequências fracassadas de estilo e qualidade, mas bem sucedidas financeiramente, o impossível acontece e Eclipse consegue ser melhor que os títulos anteriores. Ainda que tenha muitos problemas de roteiro, se perca em uma quantidade cansativa de flashbacks e sofra com as fracas atuações, o filme consegue ser mais equilibrado e ter mais de um momento de interação com o público que não esteja relacionado as gomos musculares do abdômen de Jacob.
Ainda que tenha uma cara mais próxima de cinema, os brilhos ao sol, as transformações e o modo como os vampiros morrem atrapalham bastante. Assim como a insistente vontade de mostrar que o trio central é perfeitamente lindo em suas caras e bocas.
Muitas das melhorias estão diretamente relacionadas à substituição da direção. David Slade, famoso por seus vídeos clipes e pelos filmes Menina Má.com e 30 Dias de Noite, consegue ser bem mais seguro na condução de atores e tem uma preocupação maior com quadros e movimentos.
Do lado mais frágil, junto com Robert Pattinson e grande parte do elenco de coadjuvantes, está o roteiro, que já sofre desde o começo por ser baseado em uma obra fraca. Óbvio e com alguns buracos, ele se apóia nas cenas da batalha e nas implicâncias entre Edward e Jacob para se segurar até o final.
No final das contas, ainda que seja bem melhor do que os dois títulos anteriores, Eclipse está bem longe de ser um filme bom, mas tem tudo para fazer o mesmo sucesso que seus antecessores e, no ano que vem, dominar a premiação adolescente mais importante do cinema, o MTV Movie Awards, e deixar muita gente em cólicas por aí.
Daqueles programas só indicados para fãs fervorosos e empolgados com modas passageiras. Os mais corajosos devem se lembrar de evitar as primeiras sessões, cheias de gritos histéricos e manifestações estranhas de fanatismo.
Como se já não fosse popular o suficiente, o filme conta ainda com uma versão brasileira da canção-tema pela banda Hori, comandada por Fiuk, outra sensação do momento.
Um Grande Momento
Grande não tem nenhum, mas as picuinhas entre Edward e Jacob são divertidas.
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Não tenho muita expectativa por esse, apesar de “Eclipse” ser o livro melhorzinho. rsrs. Talvez, espero terminar todo o “tumulto” no cinema. rsrs. ;)
@Vinícius P. – Como eu já tinha lido o primeiro livro e achado um horror, o filme só veio confirmar minhas más expectativas. O segundo filme é mesmo torturante, mas o terceiro conseguiu melhorar, por incrível que pareça. Mas nada que mereça ser visto antes do DVD, até porque ninguém merece a histeria de quem faz questão de ver esse filme no cinema.
@Renata de Oliveira – Bom, ser melhor que os outros dois não era muito difícil. né? Hehehe. Também percebi que a direção fez uma diferença nas atuações, mas ainda está bem longe de ser algo bom, né?
Esse filme é definitivamente melhor que os outros dois!
Os atores estão menos apáticos e a sequência dos fatos me pareceu bem mais coerente.. nos filmes anteriores eu tive a impressão que as cenas eram flashs sem muita ligação.
Não chega a ser um bom filme, mas gostei de ver. Divertido!
Até gosto do primeiro filme, não conhecia nada da história e achei até divertido. Já o segundo foi quase uma tortura para mim, apesar de ter seus momentos. Esse, portanto, deve ficar para o DVD…
@Pedro Henrique, bom, ser melhor do que os dois anteriores não era muito difícil, né? Mas é bem ruinzinho ainda. De repente é uma boa deixar para o Telecine, hein? rs.
Esse fica difícil querer encarar, mas sei que vou acabar vendo. Deixei passar cabine, propositalmente – na verdade nem sei se teve. Mas espero que seja melhor que os dois anteriores.