- Gênero: Ação
- Direção: Millicent Shelton
- Roteiro: Christopher J. Moore, David Loughery
- Elenco: Queen Latifah, Ludacris, Mychala Lee, Shaun Dixon, Beau Bridges, Frances Lee McCain
- Duração: 89 minutos
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Um cartão de crédito que não passa, uma casa que se esvazia, a cama que lembra um passado traumático e os conflitos comuns de uma família deixam a dúvida: Fim da Estrada (o nome ajuda também), novo longa estrelado por Queen Latifah é um drama daqueles bem pesado ou filme de ação? Bom, para quem não estava sabendo de nada, a dúvida dura até que um evento completamente aleatório acontece e a viagem da família em busca de um recomeço se transforma em outra coisa.
Fim da Estrada não é só um filme de ação, é um filme de ação frenético, que traz a ansiedade não só de seu plot central, mas de outros elementos que circundam a trama e são importantes. No centro de tudo está a enfermeira Brenda, protagonista de Latifah, que vira uma super badass, com treinamento que vem do além e habilidades múltiplas quando o negócio é proteger a família. Com direção de Millicent Sheldon, alguém que gosta de trabalhar com adrenalina, muitos tiros e lutas, como se pode ver no seriado Sem Misericórdia – versão feminina de The Equalizer com a própria Latifah –, o que não falta é tensão.
Sejamos francos que as surpresas são raras, já que o roteiro de Christopher J. Moore e David Loughery deixa as coisas bem mais evidentes do que deveria, e não demora nada para isso. Por outro lado, sobram soluções miraculosas, principalmente na figura de alguém que dá conta das situações mais extremas. Mas é daí? Fato é que, de alguma maneira, estamos envolvidos com tudo aquilo, queremos saber onde a trama vai chegar, pouco importando se as habilidades vieram do seriado ao lado ou surgiram da sacola de compras. “Falei que era ele”, segue para como aquela mulher vai se livrar do último buraco que se enfiou depois da perseguição off-road descontrolada.
Fim da Estrada tem esse ritmo de séries em capítulos independentes onde os eventos vão se entrecortando tão comum em produções policiais não-limitadas. O longa vai da família ao cartel, da polícia ao neonazismo num piscar de olhos, porém isso é algo que atende a seu propósito de entretenimento, já que cria a tensão necessária e dá bastante espaço para sua personagem. Latifah é mais uma vez ótima em cena, carismática como sempre e magnética em sua versão mais família de Robyn McCall. Embora Ludacris, que vive o irmão da protagonista, tenha seus momentos, nada nem de perto tão inspirado no drama ou no tête-à-tête, é ela a dona do filme.
Quem for assistir ao longa na Netflix e estiver com vontade de um filme de ação vai encontrar uma produção cheia de buracos e absurdos, descobrir tudo muito antes da hora, mas não vai deixar de se divertir. Algumas passagens, como a com os dois caras do posto de gasolina vão além da adrenalina e demonstram que Fim da Estrada poderia ser mais do que é, mas isso não o invalida a experiência. Sheldon é boa na manipulação da tensão e sabe fazer o espectador ficar pregado na cadeira até o desfecho de cada situação. No final das contas, quando se fala desse gênero cinematográfico, é isso que conta.
Um grande momento
O racismo na estrada
Filme bem ruim, cenas bem ridículas e trama com muitos buracos. Não assistam, perdi tempo e fiquei puto