O Cine PE – Festival do Audiovisual passa por um processo de revitalização nos últimos cinco anos que tem mostrado tanto seu poder de reconstrução quanto sua resiliência diante dos problemas enfrentados pelo Brasil nesse mesmo período, relacionados diretamente ao incentivo ao nosso cinema. Nessa 26ª edição, não poderia ser diferente que mais uma vez um dos festivais mais longevos do país reinventasse ainda mais sua potência diante do mercado, e apresentasse uma seleção de respeito, com títulos em sua maioria inéditos entre os longas.
A se realizar entre os próximos dias 9 a 14 de dezembro, entre os tradicionais Cine São Luiz e o Teatro do Parque (onde se realizou a edição passada), o Cine PE contou com mais de 730 inscritos, o que representa um avanço diante dos números de 2021. Dessa soma, foram escolhidos 6 longas, 6 curtas locais e 12 curtas nacionais, em uma competição onde mais uma vez estarão servidos títulos que prometem provocar calorosos debates.
Uma das homenagens do ano coube ao cineasta Sergio Rezende, responsável por sucessos como Guerra de Canudos e Zuzu Angel, que exibirá uma cópia de seu histórico Leila Para Sempre Diniz, de 1975, na sessão de abertura. A outra galhardia contempla Barbara Paz, atriz e realizadora, premiada no teatro e no cinema, que exibirá seu mais recente trabalho como diretora, o curta Ato; Paz foi a selecionada para representar o país no Oscar do ano passado, com Babenco – Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou, nosso último encontro com o histórico cineasta de Pixote.
A curadoria do Cine PE continua a cargo dos experientes críticos e jornalistas Edu Fernandes e Nayara Renaud, e a realização fica por conta de Sandra Bertini. Eles também selecionaram para a noite de abertura o curta A Vida Secreta de Delly, de Marlom Meirelles, filme que é o produto final de uma oficina realizada pelo próprio Cine PE. Uma forma de unir mais uma vez as novas vozes do cinema brasileiro, com o legado que o próprio festival vai semeando no cinema, através de suas edições e do que promove na cidade.
Além disso, esse ano o Cine PE inaugura o ‘Cine PE Seminários’, encontros que acontecerão em dois dias, 12 e 13, para ampliar os horizontes do festival. Dia 12, teremos a oficina ‘Expectativas e Cenários: Economia, Política e Desenvolvimento’, e dia 13 será ‘Reconstrução Orgânica e Recuperação de Imagem Setorial: Retomada de uma Política Cultural Forte e Sustentável’. Ambos acontecerão no Hotel Beach Class, em Boa Viagem, onde ficará a sede do festival esse ano.
Abaixo, a seleção dos títulos selecionados, que o Cenas de Cinema cobrirá pessoalmente:
MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS
Aldeia Natal, de Guto Pasko (PR)
Casa Izabel, de Gil Baroni (PR)
Gerais da Pedra, de Paulo Junior, Gabriel Oliveira e Diego Zanotti (MG)
Rama Pankararu, de Pedro Sodré (RJ)
Um Outro Francisco, de Margarita Hernandéz (CE)
Vermelho Monet, de Halder Gomes (SP)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa (AM)
Andrômeda, de Lucas Gesser (DF)
Benzedeira, de San Marcelo e Pedro Olaia (PA)
Desejo e Necessidade, de Milso Roberto (PB)
Ensaio Sobre o Grito, de Rafael Valles (RS)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Fragmentos de Gondwana, de Adalberto Oliveira (PE)
Geruzinho, de Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim (SE)
Maria, de Guilherme Carravetta de Carli (RS)
O Crime da Penha, de Daniel Souza Ferreira e Dudu Marella (SP)
O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG)
Os Pilotos do Plano, de Bruna Lessa (SP)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
A Raiz de Um, de Pedro Henrique Lima
Contos de Amor e Crime, de Natali Assunção
Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio
Mormaço, de Carol Lima
Solum, de Vitória Vasconcellos
Último Dia, de Armando Lôbo
