(Populaire, FRA, 2012)
Direção: Régis Roinsard
Elenco: Romain Duris, Déborah François, Bérénice Bejo, Shaun Benson, Mélanie Bernier, Nicolas Bedos, Miou-Miou, Eddy Mitchell, Frédéric Pierrot, Féodor Atkine, Marius Colucci, Emeline Bayart, Dominique Reymond, Yannik Landrein, Nastassja Girard
Roteiro: Régis Roinsard, Daniel Presley e Romain Compingt
Duração: 111 min.
Nota: 7
A máquina de escrever pertence a um lugar onde se encontram tecnologias ultrapassadas como o videocassete, walkman, toca-discos e outros. Ainda existem pessoas que não abrem mão dela para redigir seus textos, mas, hoje em dia, funciona muito mais como peça de colecionador e antiquário do que como instrumento de trabalho. Houve uma época, porém, em que este aparelho era a estrela do momento e saber datilografar bem um texto era pré-requisito para qualquer mulher que almejasse a vaga de secretária em algum escritório.
É nesta época em que se passa esta comédia francesa. Rose Pamphyle é uma jovem que decide largar a vida junto ao pai numa cidade pequena e vai morar na cidade de Lisieux, na Normandia. Chegando lá, consegue emprego numa agência de seguros e, com o passar dos dias, fica claro que ela não tem muito talento para o ofício. Desastrada, destrói por enganado documentos de clientes e se confunde com as anotações, dentre outras coisas que poderiam fazer o seu chefe dispensá-la, mas Louis Échard, patrão de Rose, percebe na garota o dom de datilografar com rapidez e decide mantê-la no emprego caso ela aceite participar de uma competição que elege a mais rápida datilógrafa do mundo.
O roteiro de A Datilógrafa é bem escrito e parte de uma ideia interessante: usa como pano de fundo um campeonato de dedos mais rápidos da datilografia para contar uma típica história de amor. É daqueles filmes que você já presume o final logo nos primeiros minutos, quando os personagens são apresentados, mas isto não atrapalha em nada a história, pelo contrário, seu grande mérito é ser uma comédia sem maiores pretensões.
Além do roteiro, podemos acrescentar à lista de pontos altos da obra a reconstituição de época, a trilha sonora e principalmente a atuação dos protagonistas. A química entre os carismáticos Romain Duris e Déborah François é essencial para que os momentos de amor e ódio funcionem tão bem.
O filme em nenhum momento perde o ritmo. É bem conduzido e a construção da história de amor em paralelo ao torneio é bem amarrada. Aliás, é muito divertido ver Rose se submetendo ao tratamento quase militar de Louis Échard para afiar os dedos e aumentar o número de caracteres datilografados por minuto. Difícil ficar imune a esta dupla e não torcer pelo final feliz.
Envolta no clima charmoso da década de 50, A Datilógrafa é uma comédia deliciosa e garantia de boa diversão.
Um Grande Momento:
Os duelos.
Links
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