(The Book Thief, EUA/ALE, 2013)
Direção: Brian Percival
Elenco: Sophie Nélisse, Heike Makatsch, Julian Lehmann, Geoffrey Rush, Emily Watson, Roger Allam
Roteiro: Markus Zusak (romance), Michael Petroni
Duração: 131 min.
Nota: 8
Terminei de ler “A Menina Que Roubava Livros“, best seller do escritor Markus Zusak, alguns dias depois que o filme, homônimo, entrou em cartaz no Brasil. O filme conta a história de Liesel Meminger, uma menina que é adotada por um casal pobre da rua Himmel, na Alemanha nazista, após a morte do irmão e a captura de sua mãe pelo exército do Führer.
Para os que já conhecem a história, o nó na garganta aparece logo no início da sessão. A narrativa prendeu minha atenção. A direção de Brian Percival e a interpretação dos atores são excelentes em quase todo o filme, mas senti escapar em alguns momentos mais dramáticos.
A escolha do elenco foi muito feliz. Geoffrey Rush e Emily Watson, que interpretam Hans e Rosa Hubermann, pais adotivos da Roubadora de Livros, são exatamente como os imaginei enquanto lia a obra. Quando vi o primeiro cartaz do filme, não identifiquei de imediato a protagonista Liesel Meminger, mas, em ação, a atriz Sophie Nélisse dá um show e conquista os méritos.
Claro que para adaptar um livro tão rico em detalhes, teriam que resumir e suprimir muitos momentos da história e, em geral, o roteirista Michael Petroni fez boas escolhas, mas faltou desenvolver melhor algumas relações importantes entre as personagens, que dão o tom da personalidade da Roubadora de Livros e amarram a história, além do pouco destaque para os livros “roubados”.
Mesmo assim o filme é muito bom. Os diálogos são precisos, escolhidos a dedo e retirados do livro sem grandes alterações. A direção de arte e a fotografia são bem feitas, apesar de achar que a rua Himmel deveria ser ainda mais pobre e que o filme, como um todo, poderia ser menos colorido, mais frio.
O que mais me incomodou na sessão não estava na tela. Celulares vibrantes e luminosos, e as conversas durante todo o filme, quebraram um pouco o ritmo e a minha expectativa. Mas não foram suficientes para impedir a emoção que tomou conta, não apenas de mim, mas de muitos que se sentaram à minha volta.
Se você já leu o livro, provavelmente vai gostar do filme. Só viu o filme? Leia o livro e se surpreenda novamente.
Um Grande Momento:
Neve no porão.
Links
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