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Em Ritmo de Fuga

(Baby Driver, GBR/EUA, 2017)
Nota  
  • Gênero: Ação
  • Direção: Edgar Wright
  • Roteiro: Edgar Wright
  • Elenco: Ansel Elgort, Lily James, CJ Jones, Jon Bernthal, Jon Hamm, Eiza González, Kevin Spacey, Flea, Jamie Foxx
  • Duração: 112 minutos

Com o filme Em Ritmo de Fuga, Edgar Wright, diretor dos ótimos e frenéticos Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Scott Pilgrim contra o Mundo, traz às telas um musical de ação cheio de qualidades e muita tensão. Batidas de canções definem o compasso das fugas, perseguições e tiroteios, dando ritmo ao filme.

A história que se conta é a de Baby, um jovem que precisa ouvir músicas sem parar para tentar diminuir o zumbido que está em seus ouvidos desde que, quando criança, sofreu um acidente de carro. Exímio motorista, Baby presta serviços para Doc, um criminoso elegante e casca grossa. Sua função nas ações é fazer com que os bandidos cheguem sãos e salvos ao local de encontro.

A primeira sequência de perseguição, em sua composição som-imagem, é magnética e fisga o público. O roteiro redondinho e simples intercala momentos do tipo com passagens mais românticas e musicais. Porém, o que está por trás da ação chega a ser bobo em alguns momentos, mas, como um charme extra, é exatamente do que o longa se utiliza, não só para sobreviver, mas para se diferenciar do que há no cinema do gênero.

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Em Ritmo de Fuga

Diferente de seus longas-metragens anteriores, Wright dedica-se menos ao texto, privilegia as imagens e, claro, a escolha das canções que contarão e cadenciarão a sua história. Junto a isso, conta com a presença de atores carismáticos e cenas muito bem coreografadas, mesmo que, em um musical, não sejam exclusivamente de dança.

E tudo segue muito bem, privilegiando o envolvimento de quem assiste ao longa, pois não há uma intenção de seriedade e nem de transmissão de mensagem. O que fica muito claro com um terceiro ato desconexo do resto do filme e entregue ao romance, e a cenas de maior adrenalina, com direito até a desconfiguração de personagem.

São coisas que incomodam e causam estranhamento, mas não fazem com que Em Ritmo de Fuga deixe de ser uma experiência divertida e bastante proveitosa.

Um Grande Momento:
A sequência inicial.

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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