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Meus melhores de 2018: curtas, inéditos e brasileiros

É muito comum, quando chega dezembro, ter que se esforçar para completar as listas de melhores filmes do ano. Não dá para dizer isso de 2018. Com uma variedade muito grande de histórias e temas, com tanta gente no Brasil e no mundo experimentando e realizando um cinema inovador e particular, que se conecta com tantas realidades, todas as listas foram mais difíceis, porém, pelo motivo oposto. Era muito filme bom para ficar de fora.

Nessa primeira postagem de filmes que marcaram o meu ano, estarão filmes que me tocaram, alguns mais de uma vez, e me desafiaram também. Filmes que demonstram as variadas fontes, ideias e motivações que fazem do cinema a arte que se encontra em identificações e empatia.

Nesse combo de três listas estão os destaques vistos em festivais e mostras e os filmes brasileiros que chegaram ao circuito neste ano. A primeira lista, traz a categoria mais rica do ano, a dos curtas-metragens, com muitas histórias que se encontram no formato e levam os espectadores a tantos lugares e realidades.

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A segunda lista vai relembrar os longas-metragens que só estiveram nos cinemas brasileiros em festivais e ainda não chegaram ao circuito comercial, nem de cinema e nem de streaming.

A terceira, e mais importante para mim, vai falar dos filmes brasileiros que conseguiram quebrar a barreira da distribuição e, ainda que tenham enfrentado a presença predatória e a lógica ilógica do mercado exibidor, ganharam as telas – menos do que mereciam – do Brasil.

Curtas-metragens

10. Plano Controle, de Juliana Antunes
9. Plantae, de Guilherme Gehr
8. O Homem da Caixa, de Ale Borges, Alvaro Furloni e Guilherme Gehr
7. Estamos Todos Aqui, de Chico Santos e Rafael Mellim
6. Bloeistraat 11, de Nienke Deutz

5. Kris Bronze, de Larry Sullivan

4. Womb, de Scott Barley

3. Imaginário, de Cristiano Burlan

2. Guaxuma, de Nara Normande

1. Mesmo com Tanta Agonia, de Alice Andrade Drummond

Menções: Palabas, de Arjanmar Rebeta; Noyade interdite, de Mélanie Laleu; Conte isso àquele que dizem que fomos derrotados, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito; Da Curva pra Cá, de João Oliveira; Reforma, de Fábio Leal; Impermeável Pavio Curto, de Higor Gomes.

Filmes inéditos no circuito

10. O Silêncio dos Outros, de Almudena Carracedo e Robert Bahar
9. 3 Faces, de Jafar Panahi
8. A Favorita, de Yorgos Lanthimos
7. Dogman, de Matteo Garrone
6. Grass, de Hong Sang-soo

5. A Valsa de Waldheim, de Ruth Beckermann

4. Assunto de Família, de Hirokazu Kore-eda

3. Amanda, de Mikhaël Hers

2. Eu Não me Importo se Entrarmos para a História como Bárbaros, de Radu Jude

1. Temporada, de André Novais Oliveira

Menções: Hotel às Margens do Rio, de Hong Sang-soo; Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos, de Renée Nader Messora e João Salaviza; Vidas Duplas, de Olivier Assayas; Uma Terra Imaginada, de Yeo Siew Hua; Guerra Fria, de Paweł Pawlikowski; Meio Irmão, de Eliane Coster.

Filmes brasileiros

15. Câmara de Espelhos, de Dea Ferraz
14. O Processo, de Maria Augusta Ramos
13. Baronesa, de Juliana Antunes
12. Filme Paisagem: Um Olhar Sobre Roberto Burle Marx, de João Vargas Penna
11. Aos Teus Olhos, de Carolina Jabor

10. Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg
9. Histórias que o Nosso Cinema (não) Contava, de Fernanda Pessoa
8. As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra
7. O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício
6. Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos, de Sérgio Oliveira

5. O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida

4. Benzinho, de Gustavo Pizzi

3. Para Ter Onde Ir, de Jorane Castro

2. Pela Janela, de Caroline Leone

1. Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans

Menções: Canastra Suja, de Caio Sóh; Rasga Coração, de Jorge Furtado; Quase Memória, de Ruy Guerra; A Repartição do Tempo, de Santiago Dellape; Unicórnio, de Eduardo Nunes.

A lista com os melhores filmes lançados no circuito comercial está aqui.

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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