Crítica | FestivalMostra SPOscar

O Homem de 100 Anos que Pulou a Janela e Desapareceu

(Hundraåringen som klev ut genom fönstret och försvann, SWE/GBR/FRA/ESP/RUS, 2013)

Comédia
Direção: Felix Herngren
Elenco: Robert Gustafsson, Iwar Wiklander, David Wiberg, Mia Skäringer, Jens Hultén, Bianca Cruzeiro, Alan Ford
Roteiro: Jonas Jonasson (romance), Felix Herngren, Hans Ingemansson
Duração: 114 min.
Nota: 7 ★★★★★★★☆☆☆

Uma das coisas que o cinema nórdico tem de curioso são suas comédias nonsense, aquelas onde tudo parece fora do lugar e situações aleatórias cheias de alegorias provocam o riso e a diversão de quem a assiste. O Homem de 100 Anos que Pulou a Janela e Desapareceu é mais um divertido exemplo do gênero.

Como bem descrito no título do filme, Allan Karlsson está prestes a comemorar seu centenário, mas resolve sair do asilo onde está internado há alguns anos. Enquanto todos estão preparando sua festa de aniversário, ele foge pela janela e, com as moedas do bolso, compra passagem para uma cidade pequena e isolada. Ao levar junto com ele uma mala de outra pessoa, a confusão começa.

Apoie o Cenas

A vida do centenário é marcada por momentos trágicos: filho de um pai lunático, ele fica órfão ainda criança e depois de aprontações pela falta de noção, ele é trancafiado em um hospício, onde encontra um médico louco que o faz ficar sozinho pela frente. O acaso faz com que ele encontre várias figuras proeminentes e participe, sem saber o que está fazendo, de maus momentos da história mundial.

Com muito humor negro, essa espécie de Forrest Gump sueco vai seguindo a trilha do politicamente correto, mas é tão cheio de situações bizarras que não há como não gargalhar de muita coisa que se vê na tela.

O diretor Felix Herngren solta completamente o freio de mão e vai seguindo o seu caminho absurdo e tem em Robert Gustafsson (Quatro Tons de Marrom) – às vezes com uma maquiagem não tão boa assim – o seu ponto de apoio para deixar que as coisas corram mais soltas em cena.

O elenco ainda conta com boas participações de Iwar Wiklan (Um Caminho para Antibes) como o parceiro de jornada, Jens Hultén (Missão: Impossível – Nação Secreta) como o vilão atrapalhado, e  o sem jeito David Wiberg (Sound of Noise) como o cara que estava no lugar errado, na hora errada. Há também uma divertida ponta do ator britânico Alan Ford (Snatch: Porcos e Diamantes) como um mafioso de alta patente.

Divertido e curioso, é um filme para quem quer passar o tempo rindo. O tom politicamente incorreto pode incomodar alguns.

Um Grande Momento:
“Isso poderia ter doído.”

Oscar-logo2Oscar 2016 (indicações)
Melhor Maquiagem e Penteado (Love Larson, Eva Von Bahr)

O-homem-de-100-anos_poster

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=P-k7DUQPHfQ[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
Botão Voltar ao topo