(Eden Log, FRA, 2007)
Um dos títulos mais esperados do I SP Terror é, sem dúvida, o francês Eden Log. A história de um homem que acorda sozinho no fundo de uma caverna sem se lembrar de nada, contada pelo diretor estreante Franck Vestiel, acabou conquistando fãs por onde passou.
Não sem motivo. Desde as primeiras imagens, o filme impressiona quem o assiste. A escuridão, o som agoniante e alguns flashes de imagem já surpreendem ao aguçar ainda mais a curiosidade de todos na sala.
As surpresas continuam por todo o filme. Sem saber determinar muito bem o que está acontecendo, vemos um homem coberto de lama que tenta achar algum caminho. Ele parece estar entendendo tanto quanto seus espectadores, ou seja, nada.
A agonia é um elemento constante da platéia e as mensagens que chegam através de pessoas, que não são bem pessoas, vão tentando determinar do que se trata tudo aquilo. A história vai se formando na cabeça de quem vê o filme e toma o rumo da criatividade e curiosidade de cada um.
Se só um homem está em cena, o resto deve ser muito mais atraente. E é.
A fotografia do filme, de Thierry Pouget, é excelente e sabe como transitar entre o balanço da câmera na mão e as cenas estáticas. A iluminação, nada fácil já que se trata de um filme predominantemente escuro, é muito apurada e jogos com projeções, reflexos e filtros merecem um destaque. Os enquadramentos, muito bem pensados, chama a atenção.
O som não fica atrás e aproveita bem as possibilidades do ambiente da caverna e usa bem vários tipos de ruído e o resultado ainda fica mais apurado com a boa escolha da trilha sonora, que mesmo arriscada, é muito interessante.
A montagem é sensacional, principalmente quando conhecemos a segunda personalidade do protagonista.
O filme ganha muitos pontos com o visual e a ambientação. Indiscutivelmente, a melhor coisa do filme é a direção de arte. Todo o desenho de produção de Jean-Philippe Moreaux conseguiu criar um mundo completamente diferente e crível ao mesmo tempo. Para mim, é um dos melhores cenários criados nos últimos tempos.
No mais, temos um trabalho muito competente do ator Clovis Cornillac que quase não fala, mas consegue transmitir muito bem o seu recado. O roteiro é muito bom também e dá conta de provocar essa curiosidade no público até o final. Além de deixar, como os filmes franceses, que o público digira tudo aquilo que viu no tempo que achar mais adequado.
Apesar de todo o brilhantismo e grandiosidade, o filme se empolga mais do que devia no final e acaba deslizando. Poderia ter acabado um pouquinho antes.
Ainda assim, é imperdível!
Um Grande Momento
Dentro do cubo branco.
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Suspense
Direção: Franck Vestiel
Elenco: Clovis Cornillac, Vimala Pons
Roteiro: Franck Vestiel, Pierre Bordage
Duração: 98 min.
Minha nota: 7/10
Honestamente? Gostaria de ter visto metade da genialidade e qualidade que você viu.
Achei a montagem péssima, os cenários terríveis, a escuridão em 100% do filme me parece artifício pra esconder porcaria, a história não tem pé nem cabeça e ao ser “concluída” fica uma sensação de “só isso?”, o terror proporcionado é quase nulo…
Enfim, não critico sua resenha, mas de fato esse filme passou LONGE de prestar para algo se não para ensinar aos próximos diretores ao que NÃO fazer.
Oie!
Claro que eu já dei essas notas, Ibertson. Inclusive nesta semana mesmo teve um nove para Bem-Vindo. 10 é mais difícil, mas acontece. Lembro que Viagem de Chihiro foi 10. Hehehehe.
Não fiquei muito interessada em Eden Lake. Acho que vai ser igual a muitos outros que já vi por aí!
Acho que você vai gostar, Filipe!
Beijocas para vocês!
O trailer é excelente, gosot deste tipo de filmes. Já está na minha lista de visionamentos!
Uau! Que nota!
Deve ser excelente.
Outro filme de terror que quero ver é "Eden Lake", com nome parecido, mas é um suspense mais realista.
Obs: Você já deu alguma nota 9 ou 10?
hehehe