(El ardor, ARG/MEX/BRA/FRA/EUA, 2014)
Direção: Pablo Fendrik
Elenco: Alice Braga, Gael García Bernal, Chico Díaz, Claudio Tolcachir, Jorge Sesán, Iván Steinhardt
Roteiro: Pablo Fendrik
Duração: 110 min.
Nota: 4
Para criar seu faroeste platino, Pablo Fendrik vai buscar inspiração em crenças nativas da região do Rio Paraná. O antigo chamado às forças da natureza para proteção é a ligação entre o místico e o humano.
Um pai e sua filha são atacados por uma gangue que quer suas terras nas proximidades do rio. Mesmo com a ajuda de um desertor do grupo criminoso e de um estranho que surge das florestas, o ataque acontece e a jovem termina sequestrada.
Durante todo o tempo, percebe-se que o diretor tenta usar o ambiente da selva para criar um novo tipo de faroeste, mesmo que apegado a todas as referências do gênero. É o caso da trilha sonora, de certas marcações de cena e enquadramentos. A ideia é interessante e, mesmo contando com um bom elenco, poderia ter chegado muito mais longe do que chegou.
Algumas confusões na concepção das cenas e sequências, o roteiro confuso e um desajuste no ritmo comprometem o resultado, assim como a montagem truncada. Com tom frenético e tumultuado, é difícil não prestar atenção nos problemas e exageros.
Mesmo que não tenha sido executada da melhor maneira possível, há momentos em que a homenagem cinematográfica prevalece. É divertido rever algumas coisas tão familiares em um ambiente completamente diferente do que estamos acostumados.
Mas é preciso de uma dose de paciência e boa vontade.
Um Grande Momento:
A onça.
Links
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