(Ich seh, Ich seh, AUT, 2014)
Direção: Severin Fiala, Veronika Franz
Elenco: Lukas Schwarz, Elias Schwarz, Susanne Wuest, Elfriede Schatz, Karl Purker
Roteiro: Severin Fiala, Veronika Franz
Duração: 99 min.
Nota: 7
Um cuidado todo especial com as imagens em tela, na bela fotografia de Martin Gschlacht (Revanche), e competente ao usar o tempo de cena para criar a tensão, Boa Noite, Mamãe é, ao mesmo tempo, simples e muito eficaz.
Em uma casa isolada, uma mãe recupera-se de uma cirurgia plástica no rosto. Com suas atitudes estranhas, seus dois filhos gêmeos começam a suspeitar que aquela mulher, na verdade, não seja a mãe deles.
Filmado em uma casa de campo, mesmo sem deixar de aproveitar da natureza que circunda o local, o longa é composto por muitas tomadas de interior. Nesse ambiente fechado, contando com apenas três atores, Boa Noite, Mamãe tem um ritmo particular, fundamental para a atmosfera que a dupla de diretores Severin Fiala e Veronika Franz (Kern) conseguem criar.
Ainda que tropece em uma certa previsibilidade, que pode estragar as coisas, boas sacadas e inserções inusitadas minimizam o problema.
Os gêmeos Lukas e Elias Schawarz, que tem personagens com os mesmos nomes, apesar da pouca idade, estão muito bem nessa espécie de Violência Gratuita mirim. A confusão causada pela semelhança entre eles acaba sendo um outro ponto muito importante no filme.
A mãe, vivida por Susanne Wuest (O Campeão de Hitler), é a figura que está no outro lado do cabo de guerra, tentando superar muitas coisas insuperáveis e, com seus desfiles mascarados, agindo sem muita adequação aos acontecimentos presentes.
Além das atuações, o longa também acerta no som. A inserção de efeitos sonoros, que costuma incomodar pela falta de tato, aqui age como aquele outro personagem que dá sentido a trama.
Tudo muito bem pensado e distribuído, mas o resultado seria melhor se o segredo durasse mais tempo. O desfecho também não é algo que agrade tanto.
Ainda assim, vale pela experiência, pelo clima gerado e pela agonia despertada. Boa Noite, Mamãe apresenta uma simplicidade e um vigor que andam faltando no cinema de terror.
Um Grande Momento:
Passeio na floresta
Links
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