(Hector, GBR, 2015)
Direção: Jake Gavin
Elenco: Peter Mullan, Ewan Stewart, Sarah Solemani, Natalie Gavin, Keith Allen
Roteiro: Jake Gavin
Duração: 87 min.
Nota: 6
Há filmes que se destacam pela história contada, outros pelo sentimento despertado. Alguns se destacam por pontos específicos, como a fotografia e o som, e outros pelas atuações, que conseguem transformar aquilo que se vê em algo inesquecível.
Hector é um destes filmes de ator. Com uma história simples e muitas vezes contada, encontra sua força na atuação de Peter Mullan, como o personagem que dá nome ao filme. Seja por sua postura corporal ou por um conjunto de sutilezas, o ator britânico consegue contar aquela jornada de um homem em busca de seu passado abandonado.
Sabemos que ele mora na rua e está doente. Em sua última viagem, tenta retomar velhas relações abandonadas e se despedir de todos que fizeram parte de sua vida nos últimos anos. Com sua simplicidade e simpatia, conquista aqueles que cruzam o seu caminho ou que com ele convivem há muito tempo.
Além de Mullan, a história não tem nada de muito diferente e assume, de cara, o tom benevolente. Apesar de uma interessante sequência de abertura nos créditos, abandona a inventividade e não se arrisca, seguindo a cartilha do previsível e pouco interessante, seja nos planos ou na montagem.
Mas, mesmo batida, é uma história bonita, que temos interesse em acompanhar e ganha pontos por não se entregar ao melodrama, facilmente identificável em outros exemplares do gênero.
Não é um filme que perdura muito tempo na mente de quem o assiste, mas sabe emocionar. E, sem dúvida, merece ser visto por Peter Mullan, em uma atuação realmente bela.
Um Grande Momento:
A reunião.
Links
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