(Iron Man 3, EUA/CHI, 2013)
Direção: Shane Black
Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Rebecca Hall, Guy Pearce, Ben Kingsley, Paul Bettany, Don Cheadle, Jon Favreau, William Sadler, James Badge Dale, Stephanie Szostak, Stan Lee, Ty Simpkins
Roteiro: Stan Lee, Don Heck, Larry Lieber e Jack Kirby (história em quadrinhos), Drew Pearce e Shane Black (roteiro)
Duração: 130 min.
Nota: 7
Depois de algumas tentativas frustradas com Hulk, algumas vergonhas com O Quarteto Fantástico e uma franquia bem irregular de Homem-Aranha, um super-herói menos popular mas não menos interessante chegava para marcar de vez o nome da Marvel nas telonas. Era o Homem de Ferro.
VIvido pelo sempre competente Robert Downey Jr., e dirigido pelo fã Jon Favreau, a versão do problemático e irônico Tony Stark funcionou de cara nos cinemas e deixou o público ansioso por suas continuações. Ansiedade que, claro, aumentou muito depois do sucesso arrasa-quarteirão Os Vingadores, que reúne o Homem de Ferro e outros super-heróis da Marvel, e amenizou a má impressão causada pelo segundo filme só do herói.
Nesta terceira aventura de Stark, o mundo está sendo ameaçado por um terrorista misterioso que detona bombas sem deixar nenhum vestígio, e assume a autoria dos atentados em cadeia nacional, invadindo os satélites de transmissão. Um vilão padrão, mas funcional. O herói, antes um alcoólatra e mulherengo, continua abstêmio e vive uma vida conjugal com Pepper Potts, mas, ainda abalado pela invasão alienígena em Nova Iorque, tem crises de ansiedade e não consegue dormir.
A ambientação de Homem de Ferro 3 em um universo onde existam outros super-heróis e que acabou de sobreviver a uma ameaça alienígena é o mais interessante do longa. As citações remetem o espectador a um lugar que ele gostou de ter estado e, melhor, faz com que os absurdos da história, nada diferente de outros filmes do gênero, sejam aceitos de imediato.
A ação também é eficiente e, embora demore para começar, não para mais depois da sensacional destruição da casa. O humor, sempre sarcástico e irônico, ainda está muito presente, mas aqui não é uma exclusividade do protagonista, como nos títulos anteriores.
Apesar de ter tudo no lugar e funcionar como deveria, alguma coisa no filme não agrada. Nova direção, um novo e muito mais comedido Tony Stark, vilões que não se parecem muito com o que conhecemos dos quadrinhos, antagonistas pouco envolventes ou mais ação sem armadura. São tantas modificações que fica difícil precisar o que está prejudicando o conjunto.
Mas o resultado continua sendo delicioso. E talvez só os mais chatos e puristas se incomodem. Porque quem foi para a sala se divertir com um bom filme de super-herói vai ficar muito mais do que satisfeito. E vai querer mais.
Aviso: fique até o final dos créditos.
Um Grande Momento:
Amarrado em um estrado de cama.
Links
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