Janis: Little Girl Blue

(Janis: Little Girl Blue, EUA, 2016)
Documentário
Direção: Amy Berg
Roteiro: Amy Berg
Duração: 103 min.
Nota: 9

“And I know how you feel
And I know you ain’t got no reason to go on
And I know you feel that you must be through
Oh honey, go on and sit right back down
I want you to count, oh, count your fingers
Ah, my unhappy, my unlucky
And my little girl blue”

Após 46 anos da morte da cantora Janis Joplin, finalmente é feita uma homenagem à altura da musa do rock internacional. Janis: Little Girl Blue relata as várias fases da curta vida da cantora, que faleceu aos 27 anos de idade, mas não sem enfrentar sua árdua luta por um lugar no machista mundo da música.

O filme, dirigido por Amy Berg (West of Menphis), conta desde a briga com seus pais, para sair de casa e buscar por seus sonhos, até a briga com o mundo, o qual não via – como ainda não vê – as mulheres como completamente livres para serem o que quiser, tanto profissional, quanto sexualmente. O longa-metragem expões situações marcantes, tratando, inclusive, do bullying recheado de sexismo sofrido pela cantora, no ápice de sua adolescência, na escola.

Janis: Little Girl Blue demonstra as dificuldades e vitórias de Janis, conhecida como “a garota branca com estilo de negra” que abriu as portas do rock para as mulheres, evidenciando sua forma capricorniana de fingir estar tudo bem – mesmo quando estava afundando em sentimentos sombrios -; de manter relações com quem bem entendia – sem isso, necessariamente, significar haver qualquer tipo de romance entre o casal -; e de sempre buscar aprovação por seu trabalho – e quando não conseguia, caía em uma melancólica, mas enrustida, depressão.

Tecnicamente, apesar de longo, o filme é extremamente bem feito, e de uma delicadeza sem igual, principalmente quando trata dos demônios da jovem cantora. Recheado de imagens de arquivo, depoimentos e relatos emocionantes, os quais parecem fatiar e abrir o coração de Janis e todos os capricornianos do mundo.

Um Grande Momento:
A sensação de que o quarto estava vazio era real.