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Karatê Kid – A Hora da Verdade

(The Karate Kid, EUA, 1984)

Ação
Direção: John G. Avildsen
Elenco: Ralph Macchio, Pat Morita, Elisabeth Shue, Martin Kove, Randee Heller, William Zabka
Roteiro: Robert Mark Kamen
Duração: 126 min.
Nota: 5 ★★★★★☆☆☆☆☆
Aqueles que viveram os anos 80 carregam entre suas lembranças muitos títulos bem característicos da época. Voltados para o público infanto-juvenil, os filmes tinham personagens e tramas mais ingênuas do que as que dos filmes atuais para a mesma faixa etária.

Alguns clássicos acabaram se consagrando por suas qualidades cinematográficas, outros por mostrar nas telas inovações da época e outros ainda por retratar bem a sua época. Mas entre todos existem aqueles cuja sobrevivência não pode ser explicada tão facilmente.

Karatê Kid faz parte deste grupo. Apesar de ter empolgado os adolescentes na sua época de lançamento e tido duas continuações inferiores, o filme, bem fraquinho, só pode representar alguma coisa para os saudosistas que viveram aquele momento. Nada que justifique, por exemplo, uma refilmagem tardia da franquia como a que chega em agosto por aqui.

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Karatê Kid conta a história de Daniel, que acabara de mudar para Califórnia com sua mãe e tem problemas para se adaptar no novo local. Ele se apaixona por uma garota, tem problemas com um dos melhores aluno de uma escola de caratê sem princípios e se aproxima de Myagi, um velho japonês combatente de guerra, que vai ensiná-lo todos os truques da arte marcial que dá nome à franquia.

O roteiro é fraco, mas o público simpatiza com Daniel, um daqueles personagens que dá pena só de olhar. Sem nenhum atributo físico, desengonçado e tímido, ainda tem que empurrar o carro velho da mãe no primeiro encontro com a namoradinha.

As técnicas de treinamento acabaram se tornando referência e encerar o carro, pintar o muro e lixar o chão fizeram parte não só das brincadeiras de quem viu o filme, como foram citadas em muitos outros filmes. O mesmo pode ser dito da posição de garça, que é um dos golpes de Daniel San no torneio e pode ser visto nos Simpsons e em filmes para o público mais novo, como Alvim e os Esquilos, Menores Desacompanhados etc.

Com atuações medianas e sem grandes diferenciais técnicos, o filme segue dentro do esperado com uma história de superação mas que nunca consegue ser tão convincente quanto deveria.

Os momentos mais dramáticos não conseguem chamar atenção e nem mesmo as lutas são muito bem coreografadas, mas ainda assim os olhos ficam grudados na tela até descobrir o que aquele menino franzina e recém treinado, de joelho machucado, conseguirá fazer com seu oponente, o rival da escola.

Daqueles filmes para ver sem nenhum compromisso mesmo e que vai dizer muito mais aos que viveram os anos 80 do que aos outros. Meninos mais novos até se empolgam com o caratê, mas podem acabar achando a história bobinha demais.

Um Grande Momento

A última luta, claro.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
3 Comentários
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karollyne
karollyne
28/08/2010 21:23

eu tenho 9 anos posso ver karate kid ?

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