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Lugares Escuros

(In a Dark Place, LUX/GBR, 2006)

Suspense
Direção: Donato Rotunno
Elenco: Leelee Sobieski, Tara Fitzgerald, Christian Olson, Gabrielle Adam, Graham Pountney
Roteiro: Henry James (livro), Peter Waddington
Duração: 95 min.
Nota: 1 ★☆☆☆☆☆☆☆☆☆
Sabe aqueles filmes que não precisavam existir e que só se fica assistindo quando não tem mais nada para fazer e sobra paciência? Assim é Lugares Escuros.

Protagonizado por Leelee Sobieski, que há algum tempo demonstra uma capacidade enorme para escolher péssimos projetos (vide 88 Minutos e O Sacrifício), o filme conta a história de Anna, uma jovem que faz as vezes de babá e professora particular de dois órfãos cheios de segredos.

Perdida em um casarão cheio de fantasmas do passado, ela passa os dias tentando achar um meio de melhorar a vida das crianças e se livrar de suas péssimas lembranças de infância.

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Com uma narrativa lenta, o filme não parece se levar a sério em nenhum momento e, indeciso, cai na apelação mais idiota para qualquer gênero: as cenas desnecessárias de nudez e sexo.

São saídas estratégicas da banheira, muitos peitinhos, masturbações pós sessões de violino e sexo lésbico, mas sem nenhuma conexão real com a trama. A sensação é que alguém sentou no controle remoto e, sem querer, mudou de canal para a programação da madrugada do Multishow ou qualquer outra emissora que ainda acredite no potencial Emanuelle para agradar noites insones.

Pior do que a falta de nexo das passagens, está o próprio desdobramento da trama. As descobertas paranormais são risíveis e fica difícil acompanhar os acontecimentos.

Cenas como o afogamento da boneca pela menina, o aparecimento do casal na lagoa ou mesmo as visões do passado de Anna, feitas exclusivamente para assustar, não conseguem causar qualquer emoção no espectador e, em muitos momentos, chegam a cansar.

Depois da fatídica frase “ó, meu Deus, o que eu fiz?” -clichê em histórias do tipo – e uma sucessão de acontecimentos bizarros, o final consegue ser tão frustrante quanto todo o resto longa.

Sem despertar qualquer empatia, o filme só sobrevive mesmo para aqueles que não se importam em continuar ali, mas é facilmente abandonado por qualquer um menos empolgado ou menos preguiçoso.

Daqueles totalmente dispensáveis, a menos que a sua vontade seja ver um érotico lento, chato e com história demais.

Um Grande Momento

Nenhum.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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