Há momentos na vida em que a gente tem que parar. Às vezes porque a correria da vida vai alterando as prioridades, às vezes por motivos indesejados que somos obrigados a enfrentar, às vezes só porque precisamos de um tempo mesmo. No ano de 2014, e mais radicalmente nos últimos cinco meses, foi assim para mim. Uma mescla desses três motivos fez com que eu me afastasse de uma das atividades mais prazerosas da minha vida assistir a filmes e escrever sobre eles.
Como essa é uma atividade que exerço muito mais por prazer do que pelo inexistente retorno financeiro, ela acabou tendo que ficar meio de lado. Mas, como bem se sabe, aquilo que é nosso de verdade, não fica muito tempo escondido. E o cinema tem uma força na minha vida que poucas coisas têm e já estava passando da hora de voltar.
A ideia era retornar durante o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, aquele onde comecei essa história que já dura tantos anos. Imagine quanta água passou debaixo dessa ponte de 1996 até agora. Seria perfeito, mas problemas técnicos acabaram atrasando esse retorno.
Voltamos então, agora, à nossa programação normal com o Festival do Rio e o fim de semana que passarei por lá conferindo filmes de várias partes do mundo. E lá vou eu de novo para a sala escura, depois venho aqui contar tudo para vocês.