Depois da exibição do filme restaurado Lance Maior, de Sylvio Back, os vencedores começaram a ser anunciados.
Protesto
Entre os resultados, o ator brasiliense Murilo Grossi leu uma carta da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) que protestava contra a falta de compromisso do governo distrital com o cinema. Algo muito justo, principalmente se considerado que muitos dos filmes produzidos na capital são finalizados com recursos próprios dos envolvidos na produção.
O texto pede o cumprimento de leis federais que prevêm que 0,3% do orçamento anual seja destinado à cultura e que 20% do FAC seja investido em cinema.
É muito triste ver que problemas como este ocorrem no 3º maior pólo de cinema do Brasil. Quase abandonado, a impressão que fica é a de que não existe a menor vontade política. Nem mesmo os editais anuais acontecem como deveriam.
A ABCV lembrou de todas as dificuldades para a manutenção do Festival de Brasília, ressaltou o esforço do coordenador geral Fernando Adolfo e repudiou qualquer tentativa de privatização do evento.
Além disso cobrou a criação de uma legislação específica para o setor audiovisual do DF, pois a falta desta só favorece o desvio de verbas e a corrupção.
No final da leitura todos os realizadores da capital levantaram-se para aplaudir o manifesto.
Premiação
Nem todos os resultados agradaram ao público presente, muitas foram as vaias para os prêmios recebidos pelo longa FilmeFobia, de Kiko Goifman, um dos vencedores da noite.
Segue a lista com todos os premiados:
Menção Honrosa: A Menina Espantalho, de Cássio Pereira dos Santos
Melhor Montagem: Alexandre Boechat (Landau 66)
Melhor Fotografia: Alexandre Taira (A Cidade do Tesouro)
Melhor Roteiro: Cássio Pereira (A Menina Espantalho)
Melhor Atriz: Malu Valle (Alice)
Melhor Ator: Nildo Parente (Depois de Tudo)
Melhor Direção: Angelo Defanti (Maridos, Amantes e Pisantes)
Melhor Filme: Cidade do Tesouro, de Célio Franceschet
Prêmio Especial do Júri: Depois das Nove, de Allan Ribeiro
Melhor Montagem: Ivan Morales Jr. (A Arquitetura do Corpo)
Melhor Fotografia: Pedro Semanovischi (Cães)
Melhor Roteiro: Clarissa Cardoso (Ana Beatriz)
Melhor Atriz: Ana Lúcia Torre (Na Madrugada)
Melhor Ator: Hilton Cobra (Cães)
Melhor Direção: Thiago Mendonça (Minami em Close-Up – A Boca em Revista)
Melhor Filme: Superbarroco, de Renata Pinheiro
Prêmio Especial do Júri Popular: Brasília (Título Provisório), de J. Procópio
Melhor Montagem: Vânia Debs (FilmeFobia)
Melhor Som: Fernando Cavalcante (Ñande Guarani)
Melhor Trilha Sonora: Dominguinhos e outros (O Milagre de Santa Luzia)
Melhor Direção de Arte: Cris Bierrenbach (FilmeFobia)
Melhor Fotografia: Gustavo Hadba e André Lavèner (À Margem do Lixo)
Melhor Roteiro: Geraldo Sarno e Werner Salles (Tudo Isso Me Parece um Sonho)
Melhor Ator Coadjuvante: Everaldo Pontes (Siri-Ará)
Melhor Atriz Coadjuvante: Elenco Feminino (Siri-Ará)
Melhor Ator: Jean-Claude Bernadet (FilmeFobia)
Melhor Direção: Geraldo Sarno (Tudo Isso Me Parece um Sonho)
Melhor Filme: FilmeFobia, de Kiko Goifman
Prêmio Especial do Júri: À Margem do Lixo, de Evaldo Mocarzel
Prêmio Especial do Júri Popular: À Margem do Lixo