Crítica | Outras metragensFestival de Brasília

Brasília (Título Provisório)

(Brasília (Título Provisório), BRA, 2008)

Comédia
Direção: J. Procópio
Elenco: Eduardo Moraes, Similião Aurélio, Thiago Fragoso, Nara Faria, Chico Sant’Anna, Delvinei Santos, Sérgio Fidalgo, Allice Bombom, Nonato Dente de Ouro
Roteiro: J. Procópio
Duração: 15 min.
Nota: 8 ★★★★★★★★☆☆

Outra boa surpresa do festival foi o curta brasiliense Brasília (Título Provisório). Depois de tanto burburinho, de uma propaganda bem instigante (três banners e cada um dizia que o filme era de uma categoria diferente) e de saber que o filme era metalingüístico, a experiência tinha tudo para dar errado, mas não deu.

Com um roteiro muito criativo vemos um diretor querendo dar um jeito de filmar uma Brasília que não chegou a ser, abandonada pelos candangos antes do fim das obras. Os exploradores destas terras são um arqueólogo, uma arquiteta e um documentarista.

Os personagens não são tão desenvolvidos, mas a história divertida desce redondinha e não fica abalada com tanto vai e vem, pelo contrário, fica mais interessante.

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Os atores são ótimos, mas talvez algumas coisas só funcionem para quem vive na capital e conheça muito bem as figuras e lugares da cidade. Como eu sou nativa, não posso avaliar muito bem.

Outro ponto alto do filme são as soluções utilizadas para dar ritmo e diminuir custos, como imagens antigas e animação, mas a coisa mais impressionante é que toda a maluquice, com começo, meio e fim, consegue ser contada em apenas quinze minutos.

A única coisa que me incomodou um pouco foi a câmera meio nervosa no começo, mas que se equilibra depois. Uma ou outra cena também poderia ser menos explorada, mas nada que comprometa o resultado.

Boa opção para dar boas gargalhadas, principalmente se você for brasiliense. Quem gosta de curtas não pode perder.

Um Grande Momento

O veredito final.

Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Festival de Brasília: Júri Popular

Veja o curta:
Site Oficial

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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