- Gênero: Suspense
- Direção: Steffen Geypens
- Roteiro: Steffen Geypens, Robin Kerremans, Hasse Steenssens
- Elenco: Ward Kerremans, Sallie Harmsen, Johan Leysen, Jennifer Heylen, Lize Feryn, Jesse Mensah, Emil Derden
- Duração: 87 minutos
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Com clareza, há uma metáfora em andamento em O Som do Caos no que diz respeito aos homens que não quiseram crescer, e assumiram responsabilidades antes de amadurecer. Estreia da última sexta-feira na Netflix, essa produção belga poderia tirar um sarro dessa situação onde jovens despreparados se viram em meio à criação de uma família com uma namorada que engravidou e, com uma vida de excessos sem regras, acumulou mais uma função como se fosse qualquer coisa. Mas ao adentrar o cinema de gênero, o título leva sua brincadeira a sério demais, e as coisas começam a sair do controle quando o filme passa a tratar levianamente não apenas seu gênero, mas principalmente seu roteiro e personagens.
O diretor Steffen Geypens está no segundo longa-metragem, mas é bastante premiado pelos curtas metragens que já dirigiu. Funcionando como um cartão de visitas para quem ainda não o conhecia, O Som do Caos não deveria propagandear ninguém, já que a decepção pode ser maior. O tom da produção até é o acertado, e seu ritmo é envolvente, com uma preparação eficaz do que está por vir, mas logo o filme parece mais interessado em enrolar o espectador do que necessariamente lhe encantar. O cinema também é encantamento, não podemos esquecer, e o que o filme em questão nos faz é um sem número de promessas, cada uma mais não cumprida que a outra. O sentimento é o da frustração, ainda que a promessa não estivesse sendo feita por um Stanley Kubrick.
A citação não é à toa, porque Geypens está fazendo um O Iluminado para chamar de seu, o problema é o resultado, que só parece uma homenagem pouco inspirada. Mas estão lá os elementos: um casal com um bebê recém-nascido se muda para uma casa gigantesca e o jovem marido (que é influenciador digital) começa a perder a sanidade graças ao choro do bebê. Aos poucos, ele descobre que a fábrica que era da família causou um acidente no passado que resultou em mais de uma dezena de mortos, e isso é o segundo estopim para a perda da razão. A premissa nem é o maior dos problemas, mas o desenvolvimento dela sim; nada tem muita construção, as coisas são porque devem ser para que o roteiro ande, e é isso, sem qualquer motivação que o filme mostre ser trabalhada com os personagens.
O Som do Caos é uma sequência de cenas repetidas e que tentam mostrar o processo de desestabilização de um homem, mas as coisas simplesmente estão bem em uma cena, e na outra o Ward Kerremans já parece possuído. Ou, melhor dizendo, o protagonista se transforma em um chato mimado, que não faz ideia da responsabilidade que é ser um adulto. Onde deveriam existir sustos e calafrios, acaba se transformando no máximo em uma denúncia contra a infantilização do macho moderno, que não consegue enfrentar um perrengue sem revirar os olhinhos ou apresentar doses cavalares de mau humor. Liv, vivida por Sallie Harmsen, atura bem mais do qualquer ser humano deveria de outro, aguentando um rojão com um homem imaturo.
O problema maior de O Som do Caos é que nada parece ter um propósito maior dentro de si mesmo. As cenas do filme se começam e se encerram e nada parece angariar qualquer consequência para seus personagens, como se os eventos fossem descartáveis e sua preparação uma perda de tempo. A sensação de assistir ao filme é de um desperdício de tempo monumental, já que nada do acontece chega a representar algo de prático para o que vemos. O que acontece com Timme, amigo do casal, é a gota d’água para percebermos como estamos diante de um mato sem cachorro e sem dividendos. É tudo muito gasto anteriormente, uma ideia de estar diante de um quadro já assistido, agora feito na base da covardia.
Um grande momento
O pesadelo com o filho
Filme horrível, sem sentido, não perca seu tempo, assisti até o fim achando que tivesse um sentido e nada, péssimo
É horrível, como pode classificar como nota 10 da Netflix. me senti uma verdadeira idiota, perdendo meu tempo assistindo um roteiro tão sem noção. E o irmão de Lívia .
Que coisa sem noção!
Gostei do propósito do filme visto de um ângulo obscuro e bem diferente: trauma infantil!
Filme péssimo mesmo. A pior maneira de perder tempo. Pena ser tarde demais, pois só procurei informações sobre, após o final.
O filme é tão horrível que quando começou eu não tava entendendo nada, daí quando terminou achei que tava no começo.
Uma crítica que define o que esse filme foi. É tão ruim mas tão ruim que eu vim pra internet procurar o segredo desse filme pq não é possível um filme ser tão ruim é estar entre o top 10 da Netflix.