(The Croods, EUA, 2013)
Direção: Kirk De Micco, Chris Sanders
Roteiro: John Cleese, Chris Sanders, Kirk De Micco, Chris Sanders, Kirk De Micco
Duração: 98 min.
Nota: 8
Família: a mais antiga estrutura social humana, onde tudo começa e base para grandes organizações. Ainda que tenha diferenças superficiais, acaba sendo sempre aquela mesma coisa. Não importa a nacionalidade, os credos e a época.
Os Croods volta à idade da pedra para provar isso. Acompanhamos o dia a dia desta que é uma das poucas famílias sobreviventes da idade da pedra. Dentro de uma caverna apertada, é pelo medo que eles continuam vivos. A política adotada pelo pai, Grug, inclui histórias com finais trágicos e um pânico contagiante do desconhecido, mas já não influencia muito Eep, a filha adolescente que quer descobrir o mundo, ter o seu espaço e fazer o que bem entende.
É nesse embate entre pai e filha que reside o melhor atrativo da animação. Ela quer se libertar, ele quer proteger. Ele a vê como uma criança indefesa e ela o vê como um covarde que não viveu. O que um fala o outro não escuta e o que é entendido nem sempre é o que foi dito. Nada muito diferente da realidade, não é?
A relação tumultuada ainda fica mais problemática com o aparecimento de Guy, um jovem independente que vive de maneira totalmente diferente dos homens das cavernas. Agora, além dos problemas cotidianos e falhas na comunicação, Grug tem que lidar com sentimentos como ciúme e inveja.
Deliciosa e envolvente pela temática, a animação não fica atrás. Desde o prólogo com desenhos em 2D até os passeios pela terra em 3D, o filme encanta pelo colorido, pelos movimentos, pelo trabalho com a luz e a sombra e por passagens realmente impressionantes.
Com visual impressionante e roteiro equilibrado, escrito pelos também diretores Kirk De Micco e Chris Sanders, Os Croods é um programa imperdível por ser profundo ao abordar características e sentimentos tão comuns a qualquer ser humano, por brincar com o que conhecemos por família e, ao mesmo tempo, ser extremamente divertido. Sem exageros e sem deixar de ser emocionante.
Um Grande Momento:
“Eep, é perigoso!”
Links
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