Crítica | Streaming e VoD

Os Três Mosqueteiros

(The Three Musketeers, ING/EUA/AUT, 1993)

Aventura

Direção: Stephen Herek

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Elenco: Charlie Sheen, Kiefer Sutherland, Chris O’Donnell, Oliver Platt, Tim Curry, Rebecca De Mornay, Michael Wincott, Julie Delpy

Roteiro: Alexandre Dumas (romance), David Loughery

Duração: 105 min.

De repente o seu filho, um ávido devorador de desenhos animados, resolve que só quer ver filme “com pessoas de verdade” e começa a querer comprar toda a coleção do Harry Potter em dvd. É… Não tem jeito: ele está crescendo! Diferente da maioria das meninas, que começam a acompanhar de perto a produção de comédias românticas a la Meg Ryan, os meninos preferem filmes com muita ação e aventura. Duelos de espadas, piratas e dragões são os primeiros da lista, mas clássicos dos anos 80, como De Volta para o Futuro e Indiana Jones, também fazem o maior sucesso.

Aqui em casa estamos passando por essa transformação e, assim, a exposição a filmes de ação/aventura está cada vez maior. Ainda bem que eu também gosto, apesar de já ter assistido muita coisa desnecessária.

A última delas, Os Três Mosqueteiros, eu assisti pela segunda vez e detestei tanto ou mais do que na primeira. O filme é uma das 22 adaptações do romance homônimo de Alexandre Dumas para as telas e está longe de ser a melhor.

O filme não tem ritmo e se prende demais em paisagens e afins. Quando alguma coisa acontece é no susto, como se estivesse ali largado no meio do caminho sem ligação com nada.

Os atores estão mais para cômicos do que para outra coisa. Com cabelos ridículos e atuações perdidas, eles não convencem ninguém. O roteiro também não ajuda, destoando da obra original, simplifica demais os personagens e tira toda a essência da história.

As raras cenas de luta são até interessantes, mas existem filmes que fazem muito melhor. Algumas tomadas deveriam ser banidas, como o despertar de D’Artagnan nos aposentos de Sabine, com o foco principal dentro do decote dela.

Se o seu filho pedir um filme de ação, com duelos de espadas, mantenha-se longe deste. Os dois filmes novos do Zorro e a trilogia Piratas do Caribe podem fazer muito mais por você e por ele.

Um Grande Momento

A invasão do castelo.



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Troféu Framboesa: Pior Ator Coadjuvante

MTV: Melhor Canção (All for Love, de Michael Kamen)

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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