(Pandorum, EUA/ALE, 2009)
Não há muita novidade em falar sobre viagens espaciais em busca de novos planetas depois da Terra ter se tornado um local inóspito. Das centenas de filmes sobre o tema, muitos são completamente desnecessários e esquecíveis e poucos conseguem trazer boas histórias e agradar o espectador. Pandorum é um daqueles que, por seus momentos iniciais, tinha tudo para estar no primeiro grupo, mas não se mantém e despenca no segundo.
Em uma nave espacial abandonada, um homem acorda dentro de sua câmera de hiper-sono. Ele não consegue se lembrar quem é e nem qual é sua missão naquele local. Sua companhia, a princípio, é um também recém-despertado e atordoado tenente. Tentando descobrir o que está acontecendo, eles decidem que a melhor opção é uma busca pelo interior da nave e descobrem que não estão sozinhos.
O começo e melhor parte do filme, com o despertar do Cabo Bower e a passagem pela tubulação para fora da sala de controle, lembra um pouco Eden Log, causa angústia e consegue atrair toda a atenção de quem o assiste, que mergulha facilmente na história e precisa saber o que vai acontecer em seguida.
Mantendo a tradição de que o melhor monstro é sempre aquele criado em nossa cabeça, a sensação de imersão dura até o encontro com os primeiros habitantes da nave, mas vai perdendo a força a cada novo personagem e detalhe acrescentado à trama.
Depois de esqueletos, monstros e outros humanos, o roteiro já assume sua inconsistência de colcha de retalhos mal costurada e fracassa em suas tentativas de justificar o que não tem qualquer coerência. É difícil, por exemplo não ficar extremamente constrangido com a cena do cozinheiro explicando, com direito a ilustrações, o que aconteceu dentro da nave.
No mais são só cenas de luta e fuga misturadas a flashbacks desnecessários, personagens padrão, diálogos rasos e, claro, uma câmara biológica com todas as espécies animais e vegetais do planeta Terra. Para piorar, ainda temos um pequeno alienígena com olhar de Gato de Botas do Shrek, uma visita de um integrante da família Durden e um desfecho bem idiota.
Ben Foster e Dennis Quaid não estão em suas melhores performances mas não são, nem de longe, um problema para o filme. O mesmo não pode ser dito da atuação exagerada de Eddie Rouse, mas com o papel que ele tinha era difícil para qualquer um.
Nem mesmo os efeitos visuais conseguem salvar o conjunto da obra, assim como os sonoros, que abusam de elementos batidos como a sirene longa do seriado sensação do momento Lost para tentar criar suspense.
Quando os créditos começam a subir, o sentimento é de frustração, incômodo e perda de tempo. Talvez tudo funcionasse muito mais se fosse um curta-metragem ou se conseguisse ter deixado a mente dos espectadores ser responsável pelos os sustos e deduções.
Mais um título para a estante de filmes sobre um novo planeta para a raça humana que não vingaram.
Um Grande Momento
Os primeiros minutos de filme.
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Ficção Científica
Direção: Christian Alvart
Elenco: Dennis Quaid, Ben Foster, Cam Gigandet, Antje Traue, Cung Le, Eddie Rouse, Norman Reedus
Roteiro: Christian Alvart, Travis Milloy
Duração: 108 min.
Minha nota: 3/10
Estava com muita vontade de ver esse filme, talvez espero um pouco e veja outros melhores antes desse.
Esse filme espacial é mesmo uma viagem. Se passa no futuro, quando a populaçao resolve se mudar para um outro planeta e constrói uma nave gigante para 60 mil pessoas, praticamente uma Arca de Noé. Várias pessoas morrem porque existem criaturas gosmentas na nave (alguém lembrou de Alien?). Seriam ETs? Zumbis? Tem até um baby monstrinho! Só senti falta da Sigourney Weaver… LEIA MAIS NO MEU BLOG, EM http://WWW.PRIMEIRAGOTA.COM
Talvez veja pelo Ben Foster, mas nem isso parece ser motivo suficiente para ver essa produção um tanto duvidosa.
Tem cara de chatinho mesmo, este tipo de filme não me atrai, rsrs.
Beijos! ;)
Que pena, tava querendo assistir :/