Crítica | Streaming e VoD

Sapatos Vermelhos

 

(Bunhongsin, COR, 2005)
Terror
Direção: Yong-gyun Kim
Elenco: Hye-su Kim, Seong-su Kim, Yeon-ah Park, Su-hee Go, Eol Lee, Hyon-Jin Sa
Roteiro: Yong-gyun Kim e Ma Sang-Ryeol (roteiro), Hans Christian Andersen (conto)
Duração: 103 min.

Readaptação modernizada do conto Sapatinho Vermelho de Hans Christian Andersen. Até que não decepciona muito.

Cheio de cenas interessantes mas que deixam a impressão de já terem sido vistas mais de um vez antes, o filme segue o mesmo roteiro de outras produções orientais de terror. Um par de sapatos no metrô acaba virando motivo de disputa de duas colegiais amigas. Enquanto isso, mulher submissa descobre que era traída pelo marido e busca uma vida nova com sua filha. Claro que elas vão para um apartamento sombrio em um prédio quase deserto.

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O problema dos terrores orientais é a falta de diferenças. Conseguimos até tomar alguns sustos, mas é daquele jeito: “esse negócio vai aparecer ali”… daqui a pouco lá está ele e, mesmo assim, a gente toma o susto. Além disso, tem aquela maquiagem de fantasma que já conhecemos tão bem e aqueles cabelos enormes que cobrem o rosto.

O roteiro é até bem escrito, mas só até certo ponto. Depois as histórias aumentam muito em quantidade e não dá mais mantê-las num mesmo rumo. Como o roteiro se perde, o filme também vai logo atrás. Algumas cenas são ridículas, como a da amiga da protagonista na frente à loja de vestidos.

Tinha tudo pra terminar bem, mas desanda totalmente no final exagerado, desnecessário e longo demais. Da história original fica pouco, mas a idéia geral do filme até é boa.

Indicado para aqueles que gostaram de O Chamado e O Grito. Para dias em que você está disposto a tomar alguns sustinhos. Detalhe interessante, o sapato está muito mais para pink do que para vermelho, pelo menos eu achei.

Um Grande Momento

A primeira perseguição no metrô.


Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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