(Séptimo, ESP/ARG, 2013)
Direção: Patxi Amezcua
Elenco: Ricardo Darín, Belén Rueda, Abel Dolz Doval, Charo Dolz Doval, Luis Ziembrowski, Osvaldo Santoro, Guillermo Arengo, Jorge D’Elía
Roteiro: Patxi Amezcua, Alejo Flah
Duração: 88 min.
Nota: 5
Não é só no visual que o longa-metragem Sétimo lembra as produções televisivas. A trama previsível e a superficialidade no roteiro levam o filme para esse mesmo lado. A duração curta, 88 minutos, faz com que o espectador tenha a impressão de estar assistindo a um episódio esticado das muitas séries televisivas de crime e investigação que se veem por aí, mas sem os momentos de laboratório que andam tão em voga.
Sebástian é um advogado e está prestes a encarar o caso de sua vida. Antes de ir ao tribunal, ele passa na casa da ex-mulher para levar os filhos pequenos à escola. Os três repetem uma brincadeira que estão acostumados a fazer sempre, o pai desce de elevador e o casal de crianças, de escada, para ver quem chega lá embaixo primeiro. As crianças, porém, nunca chegam ao térreo.
O filme tem até uma premissa interessante, mas acaba perdido nas muitas repetições da trama e na já citada previsibilidade. A pouca atenção ao desenvolvimento dos personagens já atrapalha o começo, mas acompanhar uma trama que todo mundo sabe onde vai chegar, é fatal. Ricardo Darín e Belén Rueda ainda tentam, mas não conseguem superar os problemas.
A lista de acontecimentos segue a sequência esperada. Há o desespero, a investigação individual, o momento de violência gratuita e o momento flashback. O filme só não fracassa totalmente, porque a montagem, assinada por Lucas Nolla, consegue criar alguma tensão. O mesmo pode ser dito da opção do diretor em manter o enquadramento próximo demais dos personagens, criando uma certa conexão com o sentimento na tela.
Mas os pequenos acertos não conseguem apagar, por exemplo, a desimportância da trama paralela, aquela que está pressionando o protagonista fora do quadro. Perder os filhos já seria desesperador e o personagem ainda tem um prazo curto para encontrá-los, mas em nenhum momento há essa sensação de urgência.
Com tudo muito superficial e pouco envolvente, resta esperar o desfecho, que, além de ser solucionado de maneira fácil demais, se prolonga mais do que o necessário e não satisfaz.
Daqueles fimes que podem até interessar por alguns momentos e, definitivamente, não precisam ser vistos no cinema.
Um Grande Momento:
Darín.
Links
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