(Todas as Cores da Noite, BRA, 2015)
Direção: Pedro Severien
Elenco: Sabrina Greve, Sandra Possani, Brenda Ligia, Rômulo Braga, Giovanna Simões
Roteiro: Luiz Otávio Pereira
Duração: 70 min.
Nota: 4
Com uma proposta interessante de mesclar histórias que vêm à lembrança quando algo acontece e a comparação daquilo que se faz com o que foi feito surge naturalmente, além de uma percepção imagética diferente do que estamos habituados a ver por aí, Todas as Cores da Noite, do pernambucano Pedro Severien (Loja de Répteis) promete chegar longe, mas não consegue cumprir sua promessa.
Ao encontrar um cadáver em sua sala depois de uma festa, uma garota lembra-se das histórias macabras de uma antiga amiga de escola, que atropelou um paquera e o deixou sem socorro no meio da rua.
O visual é interessante, Sabrina Greve (Obra) encabeçando o elenco também. Mas o que começa bem com imagens de luzes em uma balada, acaba desandando para o convencional e pouco curioso do acontecimento principal do filme.
Na mescla das duas histórias, é impossível não perceber a diferença de força entre as duas. A narrada, que abre o filme é mais curiosa e cheia de suspense, enquanto a segunda acaba se perdendo em opções visuais e narrativas que não fazem muito sentido.
Mesmo que alguns momentos possam surgir daquilo que se vê na tela, cenas como a da declamação no jantar vão cansando o espectador, que acaba se desinteressando do evento principal para focar na tentativa frustrada de construção daquela personagem.
Fraco, porém tem os seus momentos inspirados. Se fossem dois filmes distintos, talvez funcionasse bem melhor.
Um Grande Momento:
A vingança.
[39ª Mostra de São Paulo]
Links
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