Crítica | FestivalFestival do Rio

Cavalo Negro

(The Dark Horse, NZL, 2014)

Drama
Direção: James Napier Robertson
Elenco: Cliff Curtis, James Rolleston, Kirk Torrance, Miriama McDowell James Napier Robertson, Barry Te Hira Xavier Horan
Roteiro: James Napier Robertson
Duração: 124 min.
Nota: 6 ★★★★★★☆☆☆☆

Genesis Potini foi um enxadrista brilhante, mas que sucumbiu ao transtorno bipolar. Depois de um tempo atordoado, ele encontrou o equilíbrio ao fundar um grupo de xadrez para crianças carentes. O neozelandês e sua história frente do The Eastern Knights é contada no longa Cavalo Negro, de James Napier Robertson (I’m Not Harry Jenson).

Com atuações exageradas e uma aura carregada pela direção de arte, o filme vai buscando o melodrama a cada passo. O começo incômodo, porém, vai dando lugar ao interesse despertado pelo desenho de som e por algumas boas ideias, principalmente ao filmar a loucura do protagonista.

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Do primeiro surto frenético, ainda que exagerado, passando por alucinações e crises de ansiedade, vemos uma representação audiovisual muito interessante da doença. Todos os surtos culminam na cena do campeonato, onde, mesmo sem querer, seguimos o personagem em uma sacada genial do diretor que, com movimentos do tipo, chama a atenção.

O roteiro segue o mesmo caminho. Apesar de tentar fugir da obviedade, transita por caminhos muitas outras vezes percorridos e também vai conquistando o público devagar. Tem seus defeitos, como a definição de que a única personagem a ser explorada é Gen, o que faz com que toda uma gama de outros personagens seja menosprezada. Porém, longe de ser perfeito, funciona.

Cavalo Negro é uma história que merece ser conhecida e, diferente do que apresente em seus primeiros minutos de projeção, acaba de certa forma envolvendo quem o assiste.

Um Grande Momento:
A final.

Cavalo-negro_poster

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mVLvsxyoHQ0[/youtube]

[Festival do Rio 2015]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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