- Gênero: Drama
- Direção: Sam Holland
- Roteiro: Sam Holland
- Elenco: Lee Turnbull, Greg Wakeman, Aaron White, Kyle Treslove
- Duração: 140 minutos
-
Veja online:
Depois da minha consulta de sempre em São Paulo pude conferir pelo menos um dia da 32ª Mostra Internacional de Cinema, que começou no último dia 17 e termina no dia 30 deste mês. O local escolhido foi o Unibanco Arteplex, no Shopping Frei Caneca, já que estava perto e tinha opções variadas de filmes.
A idéia inicial era assistir ao documentário Só Dez Por Cento É Mentira, de Pedro Cezar. O problema foi que minha mãe queria assistir a uma coisa bem animada e resolvemos escolher um outro título. Depois de muitas sinopses o escolhido foi Zebra Crossing.
O filme conta a história de Justin, um jovem delinqüente que passa os dias aprontando todas, ignorando e sendo ignorado pelo pai bêbado e que só consegue demonstrar sua sensibilidade ao lado da irmã doente que não consegue nem se levantar da cama.
Seus amigos são tão perdidos quanto ele e não pensam duas vezes antes de cometerem atrocidades, maldades e crimes por aí. Sempre fugindo da polícia, chega um momento em que Justin tenta descobrir o porquê de sentir tanto ódio dentro de si.
O clima opressivo impera na tela e não são raros os momentos em que sentimos um embrulho no estômago. A violência gritante é acentuada pela trilha sonora frenética e pela triste fotografia em preto-e-branco.
Quase todas as ações ocorrem em um conjunto habitacional no sul de Londres e as imagens não são mais atrativas. O nome do filme se refera às faixas de pedestres. Na Inglaterra, como na minha terra, elas funcionam. Se alguém está na faixa, temos que parar enquanto passa.
O elenco está fantástico e a fotografia, também assinada pelo diretor, não fica atrás. O roteiro, muito bem amarrado, é tão duro que além de nos incomodar, faz pensar em como os jovens de hoje estão levando a vida. O principal ponto é a falta de uma estrutura e de um acompanhamento familiar.
A busca por uma explicação do caos no qual se encontra a sociedade, que enfrenta uma crise de falta de humanidade e limites, é muito interessante e acaba percorrendo várias possibilidades. A (falta de) família, carinho, fé e até mesmo religião.
É fácil percebemos que o filme foi feito para chocar. Sua estrutura, a quantidade de cenas de violência e o exagero de muitas situações demonstram bem isso.
Sem nenhuma dúvida, foi uma grata surpresa, mas não é para ser visto assim despreparado. Durante alguns minutos ficamos na sala pensando como vamos nos levantar e sair dali.
Um soco na boca do estômago de qualquer um!
A produção é a estréia do ex-publicitário e roteirista inglês Sam Holland na direção de longas. E ainda pode ser conferido na Mostra, no dia 28/10, às 20h, no Espaço Unibanco 5 (Rua Augusta, 1475).
Um Grande Momento
O dia mais feliz…
@Cecilia Barroso Barroso,
Tenho uma boa notícia sobre o longa inglês “Zebra Crossing”. Ele estará no circuito dos cinemas do Reino Unido e em DVD no final de Janeiro de 2011. Valeu a espera de mais de 3 anos. Será uma versão mais curta (93 minutos) comparada com a que editei em 2008 (140 minutos) e que pode ser vista durante o Festival Mostra de 2008.
Espero vê-lo em mais festivais ao redor do mundo, “Fingers Crossed” !
Abraços.
Marcelo Vianna
Você viu na Mostra?
Tomara que ele seja acessível depois, pois é um filme que merece ser visto.
A primeira frase é demais!
Beijocas
olá… eu também assisti esse filme e é muito bom… passa muitas mensagens fortes…
algumas frases do filme:
“o que demoramos uma vida inteira para construir, podemos destruir nos simples momentos solitários”
ou ainda “muitas vezes aquilo que nos fazem felizes está tão perto de nós, mas pensamos que está tão distante”
boa escolha
Olá, Marcelo!
A Ana Atanesyan já tinha entrado em contato comigo por email e agora você! Estou muito feliz que tenham gostado dos meus comentários.
O filme é mesmo um primor e imagino como a edição tenha sido ainda mais nua e crua.
Mas é um grande trabalho! Parabéns a todos vocês da equipe!
Beijocas
Obrigado pelos comentários sobre o filme Zebra Crossings do diretor Sam Holland.
Eu estive editando esse longa com ele em Londres e foi a minha primeira, maior e melhor experiência trabalhando em longas. Vocês podem imaginar que tambem, pessoalmente foi uma pancada edita-lo. Me deparei com uma outra Londres. O resultado não poderia ser outro a não ser um filme forte emocionalmente!
Moro a 3 anos em Londres e esse trabalho me serviu como um cartão de visitas para a realidade londrina.
Estou torcendo para que o filme entre nas salas de cinemas por todo o Brasil e mundo afora.
Obrigado
Marcelo Vianna.
Ahhhh, é de Brasília… hahahaha!
Então, Irreversível é bem isso. Minha mãe passou mal na primeira cena do filme. Vc falou em dor de cabeça e veio algo na minha: nada a ver, mas depois da sessão de Sangue Negro tive uma dor de cabeça insuportável; tudo por que achei o filme um trunfo em todos os sentidos.
Bjos.
Oi, gente!
Robson – Na verdade eu queria ter ficado mais por lá. Não tem nada igual… Bom demai!
Kau – Que nada, menino! Eu sou de Brasília, a gente tem de badalado aqui o Festival de Brasília e só. O nosso FIC (Festival Internacional de Cinema) é bem mais fraco que o de Sampa.
Eu fui lá para fazer uma consulta e, graças a Deus pude conferir os filmes.
Quem me dera morar lá… Um dia ainda vai acontecer!
O filme é muito forte mesmo. Minha mãe, que estava comigo, ficou devastada e eu tive até dor de cabeça, mas é excelente.
Já vi Irreversível sim e sempre digo que é filme para se ver uma vez só… Hehehe
Beijocas para vocês dois!
Cecília, sei que é um sentimento feio, mas que eu tenho inveja de vcs paulistanos nessas horas, isso eu tenho. Hahahahahaha!!
Adorei a premissa deste filme e devo dizer que gosto muito de roteiros pesados e que nos apresentam cenas que dão embrulho no estômago. Já viu Irreversível? É forte né? =)
Não sei pq aqui em Curitiba não tem uma Mostra cmo a de SP. Temos, sim, a Mostra Nacional e Latina que terminou semana passada.
Bjos.
Que sorte a sua de verificar uma mostra dessas… heheh