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Contando os Segundos

(Sila Samayangalil, IND, 2016)
Drama
Direção: Priyadarshan
Elenco: Shreya Reddy, Ashok Selvan, Shanmugrajan, M.S. Bhaskar, Kannayiram, Asritha Kingini, Nassar, Pandian, Prakash Raj, Anjali Rao
Roteiro: Priyadarshan
Duração: 110 min.
Nota: 2 ★★☆☆☆☆☆☆☆☆

O drama indiano Contando os Segundos parte de uma premissa interessante: sete pessoas completamente diferentes aguardam, por horas, o resultado de seus exames de HIV. Observando as tradições do local, cada um com sua história de vida e por seus motivos, precisou fazer o teste, que demora um dia inteiro para fica pronto.

O fato de estarem todos trancados em um mesmo lugar, projetado para muito mais pessoas, e a ansiedade para o resultado chamam a atenção para a história que será contada. Porém, mesmo que tenha boas atuações e, a partir de certo ponto, acerte o passo na tensão, o interesse não se mantém por muito tempo.

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Opções narrativas fracas, como o blocamento sequencial – e simétrico temporalmente – ou uso de flashbacks em preto-e-branco para apresentar os personagens, são evidentes. Além disso, nem mesmo a esperada falta de naturalidade do local e da situação justificam a interação forçada entre os sete personagens.

Outras facilidades também incomodam, como a construção da personagem da recepcionista. Além da fragilidade com que se encontra justificativa para seus atos, não há disposição para explorar qualquer conflito interior que possa vir a acontecer. O mesmo pode ser dito para alguns daqueles que estão naquela sala, com suas senhas.

 

Somando-se a isso uma incômoda trilha sonora, tentativas de quadros estéticos gratuitos e movimentos de câmera estranhos, o que resta é uma história instigante que foi, pouco a pouco, tornando-se cansativa e menos interessante ao espectador. Quando consegue alguma recuperação, na tensão natural que chega quando os resultados se revelam, é tarde demais.

Um Grande Momento:
Os resultados.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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