(13 Minutos, BRA, 2009)
Em outubro de 2005 o governo aprovou o estatuto anti-armas. Um dos artigos da lei proibia a comercialização de armas no país por civis e foi levado à referendo popular. Os brasileiros deveriam dizer sim ou não ao artigo e as campanhas de ambos os lados começaram.
Uma das ONGs que defendiam o sim era o Instituto Sou da Paz. Os diretores Felipe Briso e Gilberto Toczewski retrataram os dez últimos dias antes da votação.
Entre estratégias de campanha e debates acompanhamos o dia a dia dos envolvidos na campanha e mesmo sendo através de uma lente que acreditava no outro lado, conhecemos um pouco daqueles que defendiam o “não”.
Imagens da mulher descontrolada dizendo que quando a filha estivesse sendo estuprada chamaria o pessoal da ONG para fazer gracinha, do homem que no meio do debate avisa em tom de ameaça que está armado ou da senhora que diz que o “pobrezinho do interior” não vai poder ter uma arma para atirar em um sem-terra que esteja invadindo sua casa são assustadoras.
O filme termina logo após a declaração do resultado e contradições dos argumentos do “não” só apareceram mesmo depois. Como o Coronel Ubiratan, policial condenado a mais de 600 anos pelas mortes ocorridas na invasão do presídio Carandiru e político para quem todos deveriam ter um revolver para poder se proteger. Menos de um ano depois do referendo, ele foi morto pela namorada, em sua casa e com sua arma.
Tecnicamente, o filme fica devendo e peca pela parcialidade, mas, ainda assim, é um bom documento daquele momento histórico, quando o povo teve o poder de decidir, ainda que indevidamente, sobre algo seríssimo.
O título do filme vem de uma triste estatística da época. A cada 13 minutos uma pessoa era morta por arma de fogo no Brasil.
Um Grande Momento
O discurso depois do resultado.
Horários na Mostra*
25/10 – 14:00 – Unibanco Arteplex 4 (Sessão: 241)
31/10 – 14:00 – Cine Bombril 2 (Sessão: 897)
Documentário
Direção: Felipe Briso, Gilberto Toczewski
Roteiro: Thiago Dottori, Felipe Briso, Gilberto Topczewski
Duração: 80 min.
Minha nota: 6/10