(Defiance, EUA, 2008)
A história real da fuga dos irmãos judeus Tuvia, Zus e Asael Bielski para a floresta de Nalibokov, na Bielorussia, onde criaram uma comunidade de resistência durante a ocupação nazista da Europa Oriental, é o tema principal do filme Um Ato de Liberdade.
A história dos irmãos é interessante e comovente, mas tem uma dificuldade enorme de convencer na tela e termina não funcionando bem. Mais uma vez, Edward Zwick (Lendas da Paixão) se perde e demonstra a mesma falta de identidade e de ousadia de qualquer outro trabalho.
Não que as coisas não estejam nos lugares onde esperamos. Pelo contrário. Tudo está devidamente colocado, muito bem posicionado e previsível como sempre. Os clichês vêm e vão com tanta naturalidade que depois de trinta minutos de projeção já sabemos o que vai acontecer. E, pior, estamos cansados de tudo aquilo.
Nem a presença de Daniel Craig, que conseguiu até mesmo imprimir uma nova personalidade a James Bond, uma das personagens mais conhecidas do cinema, foi suficiente para prender os espectadores e surpreender. Ao seu lado, os bons atores Liev Schreib (Sob o Domínio do Mal) e Jamie Bell (Billy Elliot) também não tem mais sucesso. Mas acabam fazendo a diferença no meio de tanta mesmice.
A equipe técnica de primeira linha também se destaca, mas não resolve o problema. Isso serve para a bela fotografia do português Eduardo Serra (Moça com Brinco de Pérola), o excelente desenho de produção de Dan Weil (O Quinto Elemento) e a marcante trilha sonora de James Newton Howard (Batman – O Cavaleiro das Trevas).
No final é mais um daqueles filmes que eram para ser, mas não conseguiram. Tão bonito quanto vazio.
Claro que quem gosta de filmes históricos, principalmente os que envolvem a Segunda Guerra, pode se interessar muito. Quem não aguenta clichês vai sofrer por mais de duas horas. E sem descanso.
A cena com o refém, talvez.
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Oscar: Trilha Sonora (Thomas Newton Howard)
Globo de Ouro: Trilha Sonora (Thomas Newton Howard)
Links
Drama
Direção: Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell, Alexa Davalos, Allan Corduner, Mark Feuerstein, George MacKay, Mark Margolis, Jacek Koman, Clayton Frohman
Roteiro: Nechama Tec (livro), Edward Zwick, Clayton Frohman
Duração: 137 min.
Minha nota: 4/10
Veja só! Eu já acho esta temática fundamental e que não pode ser esquecida. Vide os movimentos neo nazistas espalhados por aí. Gosto muito de ver filmes assim e neste caso, uma historia diferente, que não conhecia. Não é uma obra prima, longe disso, mas gostei do filme. Gostei tambem da Aritmética do Diabo, outro filme de Holocausto, com viagens no tempo, etc. É tudo uma questão de abordagem.
Realmente, cheio de clichês. Uma lástima, pois esta obra é bem aguardada, e muitos achavam que seria oscarizável. Ledo engano!
Abs!
Muito legal o blog Cecilia!
Já está linkado! :)
Beijao!
Já eu gostei. Este é um dos raros filmes que colocam os judeus em posição ativa, não passíveis na situação de caça e extermínio. Isso sim é o que todos queríamos fazer no lugar deles. Matar os nazistas! AuhAuah! Brincadeira.
=)
NOTA (0 a 5): 4
****
Eu gosto de tipo de drama sobre guerra e esta história é muito interessante, porém concordo com você, Edward Zwick é um destes diretores operário-padrão, que seguem a risca o padrão Hollywood.
Bjos
vejo em DVD esse.
apesar dos apesares, gosto dos filmes de Ed. Zwick.
abraço :)
Eu particulamente não aguento mais assistir filmes com esta temática (segunda guerra e/ou holocausto e/ou judeus).
Esse não deverei assistir