(Marley & Me, EUA, 2008)
Fugi de Marley & Eu desde quando avisaram que o livro seria lançado no Brasil. Com o filme foi a mesma coisa e pelo motivo mais óbvio de todos, sofro muito com qualquer coisa relacionada a cachorros.
Em qualquer gênero de filme, estou sempre preocupada com os bichinhos, talvez por já ter tido muitos, sei lá. A coisa é tão séria que sou daquelas que pensa sempre: “cadê o cachorro?”, basta que suma por alguns minutos da tela, e que deu vexame no cinema quando Didi ficou sem seu fiel escudeiro em Os Trapalhões e a Mina do Rei Salomão.
Por essas e outras, optei por não assistir ao filme estrelado por Jennifer Aniston e Owen Wilson. Acompanhei os comentários, a emoção das pessoas que leram o livro e viram o filme e o aumento de vendas (e do preço) dos labradores com uma certa distância até a onda do filme passar.
Sabadão em casa, sem nada para fazer, leio na coluna Filmes na TV, do Merten, que o filme seria exibido pelo canal pago Telecine. Ele lembrou que lágrimas rolariam no final, mas como estava em casa, sem ninguém para rir de mim e com tempo de sobra para esperar o nariz desinchar, resolvi encarar o longa-metragem.
O filme conta a história do casal recém-casado e cheio de planos e projetos para o futuro, John e Jennifer. Antes de terem filhos, os dois resolvem testar sua capacidade de pais com um cachorrinho lindo comprado em uma liquidação.
O que parecia ser muito fácil muda radicalmente ao perceberem o gênio inquieto do cãozinho, que come tudo que vê pela frente, não consegue controlar as emoções e causa estragos imensos em noites de tempestade.
Por trás da história agitada do cachorro, o filme trata do relacionamento do casal, das conquistas dos dois e de problemas naturais de toda relação amorosa, principalmente depois da chegada dos filhos.
Wilson e Aniston defendem bem seus papéis. Nada tão extraordinário assim, mas convincente, cativante e o mais importante, com muita naturalidade. Quem rouba mesmo a cena são os 22 labradores que deram vida ao fofo Marley em várias fases da vida.
Ainda que algumas cenas sejam supérfluas e outras batidas, a história do filme é suficiente para segurar o interesse do público e segurá-lo diante da tela até os momentos finais, onde fica difícil segurar a emoção.
Eu, graças a Deus, resolvi assistir em casa. Tentando me controlar e afastando da minha cabeça todos os cachorros que fizeram parte da minha vida, explodi em soluços de uma maneira totalmente inadequada para salas de cinema. Mas valeu a viagem e cada um dos lencinhos de papel que me fizeram companhia.
Quanto à vontade de comprar um labrador no mesmo dia, que todo mundo diz que sente, ela é real. E forte! Isso porque o cachorro é um completo descontrolado. Imagina se ele fosse quietinho.
Um Grande Momento
A conversa depois da cansativa caminhada.
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Comédia
Direção: David Frankel
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Eric Dane, Kathleen Turner, Alan Arkin
Roteiro: John Grogan (romance), Scott Franck, Don Roos
Duração: 120 min.
Minha nota: 7/10
É um filme bem legal que deve ser visto sem o preconceito que costuma ser tratado por cinéfilos… Ótimo texto…
aff, até hoje esse loca muito la onde trabalho. é um bom filme, mas alguns fizeram questão de alçar ele em um patamar altissimo. um 6.5 ou 7.0 esta de bom tamanho. abraço :)
E labradores descontrolados não são coisa de Hollywood. A minha, só para contar uma das histórias, arrancou uma bananeira só para devorar o cacho de banana.
No meu blogue novo ela aparece comportada, mas, acredite, não é seu estado normal: http://apalavrachave.wordpress.com/2009/12/12/cao
Beijo,
Pablo.
É um bom filme, ideal para se ver no final de semana e de preferência acompanhado. Não é grande cinema nem nada, mas me deixou com uma boa sensação quando terminei.
Gosto tanto deste filminho. Adoro sua paixão e desenvoltura.
Nota 8/10
Eu me surpreendi bastante com o filme e acho que é uma boa comédia/drama para vermos naqueles momentos em que estamos tristes. Mesmo com o final, o filme nos passa o tempo todo muito alegria, amor e fantasia.
Bjo
André