(Green Room, EUA, 2015)
Direção: Jeremy Saulnier
Elenco: Imogen Poots, Alia Shawkat, Anton Yelchin, Patrick Stewart, Mark Webber, Joe Cole, Eric Edelstein, Macon Blair, Callum Turner, Kai Lennox
Roteiro: Jeremy Saulnier
Duração: 94 min.
Nota: 7
Com seu Sala Verde, Jeremy Saulmier (Blue Ruin) parece ter um único objetivo: provocar a ansiedade em seus espectadores. A tarefa é cumprida com méritos pelo diretor ao contar a história de uma banda de punk rock que aceita fazer um show em um lugar para lá de estranho.
Conhecemos o espaço junto com a banda. Os indícios de ser um lugar de skinheads se concretizam logo na entrada do clube e temos uma ligeira noção de que a tensão será grande ao ouvir a primeira música.
O respiro que vem depois disso não tem nada a ver com a pressão crescente depois que a banda precisa ficar refém no lugar. Daí em diante não há muito espaço para respiros, só mesmo para o desespero crescente.
Não tem nada que seja muito profundo ou de grande significado, mas a tensão que Saulmier consegue desenvolver, esticando a corda até ela quase arrebentar impressiona. É tão frenético que pode causar até um certo desconforto físico em quem assiste ao filme.
E tudo construído através do ritmo frenético previsto no roteiro e executado no set. Até existem imagens chocantes e exageradas, mas elas são apenas mais um detalhe na formação do clima. A conexão criada com uma obra audiovisual de maneira tão natural não é tão comum quando deveria e é bom quando encontramos filmes que conseguem fazer isso.
No final de Sala Verde, Saulmier ainda brinca com os sentimentos de quem passou por toda a ansiedade de uma forma inusitada, transformando uma coisa em outra completamente diferente.
Interessante para conhecer o estilo.
Um Grande Momento:
Cabeça no ombro.
Links
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=oibkSr_p6sc[/youtube]
[Festival do Rio 2015]