(The Princess Bride, EUA, 1987)
Direção: Rob Reiner
Elenco: Cary Elwes, Mandy Patinkin, Chris Sarandon, Christopher Guest, Wallace Shawn, André the Giant, Fred Savage, Robin Wright, Peter Falk, Billy Crystal
Roteiro: William Goldman
Duração: 98 min.
Nota: 8
A Princesa Prometida é um daqueles filmes que não envelhece. Lançado em 1987, garantiu seu lugar entre aquele seleto grupo de filmes eternamente queridos pelo público.
O diretor Rob Reiner (Harry & Sally – Feitos um para o Outro) e o escritor e roteirista William Goldman (Louca Obsessão) conseguem mesclar, com muita simplicidade, romance e fantasia e fazer do longa-metragem um filme que agrada todo mundo, independente da idade que se tenha.
Um avô, tentando animar seu neto doente, resolve ler um livro de aventuras. No livro, a bela princesa Buttercup se apaixona por um belo camponês e faz um pacto com ele por toda vida, porém, fazem-na acreditar que um malvado pirata matara seu grande amor. Desiludida, ela aceita casar-se com um príncipe ganancioso, mas é sequestrada por uma gangue esquisita no dia de seu casamento.
Cativante, a história do livro conquista o menino e todo mundo que está do outro lado da tela também. A história, cheia de reviravoltas, lutas de espadas e tramas de poder sobrevive muito bem ao tom exagerado impresso pelo diretor, além de contar com um belo trabalho de direção de arte de Norman Garwood (Hook: A Volta do Capitão Gancho) e atuações interessantes.
Fora do livro estão Fred Savage (Vice Versa), aquele menininho de Anos Incríveis, e Peter Falk (Assassinato por Morte). Dentro estão Robin Wright (Forrest Gump) e Cary Elwes (Drácula de Bram Stoker), como o casal de apaixonados, e ainda Mandy Patinkin (A um Passo do Poder), Chris Sarandon (A Hora do Espanto), Christopher Guest (Isto É Spinal Tap) e Wallace Shawn (Meu Marciano Favorito).
Seguindo o padrão de narrativa dentro da narrativa, a trama ganha pontos com intromissões pontuais do pequeno adoentado, que mesmo o interrompendo o fluxo normal da ação, deixam o conto de fantasia ainda mais divertido. É muito divertido ver o menino querendo a todo custo que a trama não se renda a momentos melosos.
A Princesa Prometida é aquele tipo de filme que consegue envolver o espectador usando os métodos simples, como provocar um retorno aos contos de fadas, sempre algo tão próximo, com elementos tradicionais do gênero e a mesma construção da narrativa. Ao permitir as inserções de um universo nem tão fantástico, isso o traz ainda mais para perto de quem assiste ao filme, por mais de vez, lembrar da vontade que se tinha de interferir em certas histórias, adiantando aquilo que não se queria ouvir.
Um filme leve e divertido, cheio de ação e fantasia, que conquista públicos de todas as idades.
Um Grande Momento:
Entrando no castelo.
Links
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