(Old Dogs, EUA, 2009)
Direção: Walt Becker
Elenco: John Travolta, Robin Williams, Kelly Preston, Conner Rayburn, Ella Bleu Travolta, Lori Loughlin, Seth Green, Bernie Mac, Matt Dillon, Ann-Margret, Rita Wilson, Justin Long
Roteiro: David Diamond, David Weissman
Duração: 85 min.
Nota: 3/10
Amigos mesmo na vida real, os dois resolveram topar esse projeto dos Estúdios Disney, mas não conseguem agradar nem às crianças, que seriam, possivelmente, seu público alvo.
Com uma sensação constante de que algo parece estar fora do lugar, o público descobre que os dois são donos de uma empresa de marketing esportivo e inseparáveis desde a adolescência. Ambos estão sempre juntos desde sempre e sabem tudo sobre a vida um do outro.
Travolta é Charlie, solteiro convicto, piadista e o mais descolado dos dois. Williams é Dan, tímido e sonhador que espera constituir família e ainda é apaixonado pela segunda mulher, com quem se casou bêbado e sem saber o que estava fazendo.
Um dia, ele recebe uma carta da tal ex-esposa e descobre que é pai de dois gêmeos e que precisa cuidar deles enquanto ela vai passar uma temporada na cadeia. Justamente quando a empresa dos amigos está prestes a fechar um negócio milionário com um grupo japonês.
Todos os clichês de filmes com filhos surpresa estão presentes e não existe um cuidado para que eles tenham alguma ligação com a história ou mesmo explicação.
Piadinhas infames e momentos de graça forçada foram incluídos ao roteiro, como se ele já não fosse ruim o suficiente.
Diferente da última experiência do diretor Walt Becker com Motoqueiros Selvagens, que embora não tenha um roteiro exemplar consegue se manter interessante pelas atuações, o carisma da dupla central de Surpresa em Dobro não funciona. Os dois atores até parecem ter alguma intimidade, mas a ligação entre os dois não convence.
O resto do elenco também não chega muito longe. Com a família Travolta toda em ação – Kelly Preston é a ex-mulher e eterna paixão de Dan e Ella Bleu Travolta, sua filha – e a participação de Seth Green, Bernie Mac, Matt Dillon, Ann-Margareth e Rita Wilson, o desfile de personagens não consegue se justificar.
Para não dizer que o filme é todo ruim, uma ou duas cenas, como a do gorila, são engraçadinhas.
Um daqueles filmes que passam batido sem nenhuma lamentação e que pode, tranquilamente, só ser assistido quando estiver passando na sessão da tarde. Isso se não tiver nada mais interessante para fazer naquela hora.
Um Grande Momento
Grande, grande, não tem não.
Confesso que eu fiquei com medo deste filme. Me parece aqueles filmes tipo D que um ator é obrigado a fazer por causa do contrato. Acho que vou ficar longe, no máximo quando passar na Sessão da Tarde.
Site bonito esse, hein?! :D