(Toy Story 3, EUA, 2010)
Direção: Lee Unkrich
Roteiro: Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich
Duração: 103 min.
Nota: 10
Além de todo o carisma dos personagens e a inquestionável qualidade técnica da animação, Toy Story conta ainda com as memórias dos mais velhos e a realidade dos pequenos. Toda criança gosta de brincar, de brinquedos, de inventar histórias e, pelo menos uma vez, já imaginou que seus bonequinhos poderiam ganhar vida quando ninguém estivesse olhando.
O sucesso do primeiro filme redeu uma continuação quatro anos depois e trouxe novos brinquedos para a turma. O fato de ser uma sequência deixou muita gente com medo antes da estréia, mas a nova história dos brinquedos surpreendeu e encantou do mesmo jeito .
Agora, depois de quinze anos da estréia da turma, a Pixar resolveu que deveria levar novamente os personagens à telona e, desta vez, aproveitando a tecnologia 3D.
O tempo passou também para Andy, que agora se prepara para ir à faculdade e precisa limpar seu quarto. Isso inclui decidir o que fará com seus antigos brinquedos, hoje já esquecidos dentro de um baú no canto do quarto.
Eles acabam indo parar, por engano, em uma creche e lá conhecem novos brinquedos e se sentem aliviados por estarem próximos a crianças novamente. Mas as coisas vão se complicar.
Como de costumes, entramos na história através de mais uma aventura dos personagens com duelos entre os mocinhos Woody, Buzz e Jessie e os bandidos Cabeça de Batata, sua esposa e Porco; acidentes de trem; macacos e muitas outras coisas. Rever cada um dos personagens em ação, naquele mundo de fantasia que Andy criou, emociona cada vez que um aparece.
O passar do tempo é registrado pela filmadora da mãe e percebemos que as coisas mudaram logo na primeira tentativa de atrair a atenção do dono. Como uma história que já conhecemos há muito tempo, sabemos o que vai acontecer e é impossível não torcer para que tudo fique bem.
A construção da história é eficiente e o público é cativado a cada minuto que passa. O roteiro trabalha muito bem com a expectativa de cada um e é preciso ao alternar o humor, o suspense, o drama e até mesmo o romance.
Com as emoções todas à flor da pele é impossível resistir ao encanto e não se render a tudo que acontece na tela. De alguma maneira, a história daqueles brinquedos e da recém terminada infância de Andy é vivida como se fosse a história de cada um dos que estão na sala. E, como na vida real, a cada momento de partida e despedida, comove mais.
Tecnicamente o filme é perfeito, como são perfeitas todas as produções da Pixar. Imagens impressionantes, um trabalho de luz e cor sensacional e movimentos ainda mais apurados chamam a atenção. O uso do 3D, perto de outros filmes recentes, é discreto mas eficiente e ganha pontos nos detalhes.
A trilha sonora, de Randy Newman, é uma das muitas ligações com os filmes antigos e, mais uma vez, consegue traduzir cada um dos sentimentos.
Bem construído e bem finalizado, o filme chega muito perto da perfeição e consegue, surpreendentemente, superar os dois que o antecederam.
Ainda assim, talvez não seja tão universal, pois os pequenininhos podem não se render tanto à história e oscilar entra a incompreensão de certos sentimentos e o medo de passagens assustadoras demais para a idade.
Mas é obrigatório para todos que viram os outros filmes e que já foram criança alguma vez na vida. E já vai o aviso: um lencinho pode ser necessário nos últimos minutos.
Um Grande Momento
Dando as mãos.
Oscar 2011
Melhor Animação, Melhor Canção (We Belong Together)
Muito bom, um belo fechamento para uma série excelente, ao contrário de Shrek Para Sempre.
De fato é um filme impecável. Fiquei emocionado nas últimas cenas, especialmente pela nostalgia que proporciona, claro de uma maneira muito agradável. Aliás, a sala do cinema tinha mais adultos e adolescentes do que crianças, pois como dito na matéria, a compreensão e assimilação de determinados textos, mensagens/imagens são mais fáceis à públicos de maior idade.
Incrível, engraçado, demais…
Vinícius – Acho que esta é a melhor frase mesmo: Pixar é Pixar. Eles conseguem surpreender sempre e deixar todo mundo apaixonado pelo que acabou de ver. Confesso que tive medo de uma terceira parte da história, mas saí do cinema maravilhada (e muito emocionada mesmo).
Leandro – É impressionante, né? Só acertos no currículo.
Thiago – Eu acho que as duas companhias fazem filmes para um público mais eclético do que o que estávamos acostumados. Por exemplo, Shrek é um filme para adultos também. Para mim, as duas têm uma capacidade impressionante de envolver seus espectadores, independente da idade que eles tenham.
Quanto à Toy Story 3, foi um filme que começou a me emocionar desde os primeiros minutos. Foi uma experiência maravilhosa!
Realmente, o filme é espetacular. Desde o seu estonteante prólogo ao seu maravilhoso final a película tem a capacidade de prender o espectador, seja ele criança ou até um mais velho (convenhamos, os filmes da Pixar são mais direcionados aos jovens e adultos, ao contrário da Dream Works…)
Indubtavelmente, um filme indispensável para quem cresceu com Woody , Buzz e cia. O oscar de animações já tem seu dono esse ano…
Olá gostaria de convidar a conhecer meu trabalho através do blog Ecos do Teleco Teço (http://ecosdotelecoteco.blogspot.com/) . Grande abraço e sucesso com sua proposta !! Axé
Faço minhas as palavras do Vinícius,a Pixar não se dá o luxo de errar,estou curiosíssimo com esse filme.
Inicialmente não tinha tantas expectativas para esse filme, mas Pixar é Pixar e pelo jeito eles surpreenderam novamente. E todos comentaram que o final é mesmo emocionante!