Crítica | FestivalFIC Brasília

Liverpool

(Liverpool, ARG/FRA/HOL/ALE/ESP, 2008)

Drama

Direção: Lisandro Alonso

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Elenco: Nieves Cabrera, Juan Fernandez, Giselle Irrazabal

Roteiro: Salvador Roselli, Lisandro Alonso

Duração: 84 min.

Minha nota: 6/10

Em um momento de informações rápidas, onde detalhes deixam de ser importantes e a urgência é uma qualidade, sempre é bom ver alguém que ousa e faz uso da estética detalhista, já tão em desuso.

Liverpool conta a história de um marinheiro alcóolatra que desembarca no Uchuaia para encontrar com a mãe, que já não vê há anos. Chegando em sua cidade, é mal recebido, descobre que sua mãe está muito doente e que tem uma filha deficiente.

A imagem é o mais importante do filme, deixando até os atores em segundo plano. As cenas são, sempre que possível, prolongadas e dão ao espectador uma sensação de estar diante de um fato que simplesmente está acontecendo, em seu tempo real.

Tanto a opção pelo visual, como o detalhismo têm um preço muito alto. O filme é tão lento que chega a cansar quem o assiste, que ao avistar um caminho de neve sabe que ele vai ficar por um bom tempo na tela, sem que ninguém passe por ele.

Mal comparando, o filme faz de O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford uma película de ação extrema.

Mas, por incrível que pareça, não é um filme ruim. Tem uma fotografia competente e um estilo tão em desuso que chega a ser original.

A história, mesmo que simples e sem reviravoltas ou grandes acontecimentos, é bonita. E a reação do público ao ver que só se trata de algo normal e não surpreendente é bem interessante.

Uma experiência bem curiosa.

Saber que o filme é lento antes do começo da sessão pode ajudar.

Próximas sessões no festival: 02/11, às 21h50; 05/11, às 19h30; 07/11, às 19h30; 08/11, às 17h30.

Um Grande Momento

A conversa com a mãe.



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FIC Brasília 2008

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
1 Comentário
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Rute Lima
Rute Lima
06/02/2011 14:36

Que droga de filme. Só serve para poder entrar na lista dos “Piores Filmes da Minha Vida”. O crítico acima não passa nem por perto do fato de que, no meio do filme, o ator principal simplesmente desaparece. Filme ridículo. Chegou a ponto de eu passar o filme em x2, rodou uns 10 minutos sem acontecer absolutamente nada que não fosse uma pessoa andando. E dizer que o coitado do meio-protagonista é alcoólatra é não saber muito sobre alcoolismo. Com um frio desgraçado, muito, muito abaixo de zero, o cara começa a beber uma garrafa de alguma coisa branca e só a termina 3 dias depois. Incluindo aí uma noite que ele passa ao relento nesse frio danado.

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