- Gênero: Drama
- Direção: Adrián Biniez
- Roteiro: Adrián Biniez
- Elenco: Horacio Camandule, Leonor Svarcas, Fernando Alonso, Diego Artucio, Ariel Caldarelli, Andrés Gallo, Federico Garcia
- Duração: 84 minutos
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Quem pensa que heavy metal e perseguições não têm nada a ver com amor precisa conhecer Gigante, filme uruguaio vencedor em Berlim e que estréia no próximo dia 21 nos cinemas brasileiros.
Apoiado basicamente na força de seu personagem principal, o grandão Jara, o primeiro longa do diretor Adrián Biniez conta a história de um tímido amor que nasce, arrebatador, pela telas de um monitor de vigilância.
Biniez, ex-integrante de uma banda de música indie, não poupa nas referências musicais “pesadas”. Elas vão desde o primeiro susto, nos créditos iniciais, até pequenos detalhes, como a roupa do protagonista ou a coleção de adesivos na porta do armário.
Com uma linguagem que oscila entre quadros mais afastados, batidos, e quadros mais poéticos, envolventes, a contradição é uma constante. Jara é grandão e tem cara de mau, mas ajuda os que precisam, se preocupa com os feridos de uma briga e brinca de espadachim com o sobrinho. Até mesmo a maneira com que se aproxima de sua amada não é lá muito convencional e pode, facilmente, ser confundida com obsessão.
Filmado todo no Uruguai, Gigante tem uma estética simples, mas a fotografia de Arauco Hernández Holz prevalece em sequências visualmente interessantes como o início do turno da limpeza no supermercado onde Jara trabalha como vigilante noturno, ou as cenas na praia.
O elenco de apoio é muito bom, mas não há como negar que o filme seja o que é graças à interpretação inspirada de Horacio Camandule. De formação teatral, ele consegue, sem apelos e trejeitos escandalosos, transformar o gigante da tela em uma daquelas criaturas adoráveis que todo mundo quer ter por perto.
Embora tenha muitas qualidades, Gigante pode parecer lento e arrastado para alguns e irritar aqueles que não conseguem ouvir rock pesado. Algumas subtramas, criadas para fazer rir ou talvez como respiro, não são necessárias, mas também não chegam a comprometer o resultado.
Uma bonita história de amor, contada de um jeito original. E isso é raro no cinema.
Um grande momento
Parado no corredor, sendo filmado
Nossa, me deixou mt curioso. Gostei bastante.