Crítica | Streaming e VoD

Ruth & Alex

(5 Flights Up, EUA, 2015)

Drama
Direção: Richard Loncraine
Elenco: Morgan Freeman, Diane Keaton, Carrie Preston, Alysia Reiner, Cynthia Nixon, Claire van der Boom, Sterling Jerins, Josh Pais
Roteiro: Jill Ciment (livro), Charlie Peters
Duração: 92 min.
Nota: 5 ★★★★★☆☆☆☆☆

Ruth & Alex é um filme de romance maduro que segue o curso normal de outros títulos do gênero. Apegado ao tema do envelhecimento, passa de leve por questões como preconceito racial e xenofobia, intercalando os acontecimentos da vida do casal com um possível ataque terrorista, externo à trama principal e acompanhado por meio de noticiários de televisão.

Outras tramas paralelas estão inseridas na história central, como a da cachorrinha Dorothy, que ocupa muito mais espaço do que precisava, ou a das pessoas que frequentam open houses por Nova York, tudo muito superficial e pouco cativante.

Apoie o Cenas

Para complicar, o longa-metragem de Richard Locraine (Wimblendon: O Jogo do Amor) faz uso de ferramentas fáceis e pouco interessantes, como a narração em off e o uso de flashbacks para apresentar os personagens. Tudo sobra na montagem final e a impressão que fica é a de que o diretor não acredita na capacidade do espectador em compreender a história de outra maneira.

Com o público distanciado e sem vontade de envolvimento, não há Diane Keaton (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa) e Morgan Freeman (Um Sonho de Liberdade) que consigam mudar a situação. Assim acompanhamos a história do casal que, após 40 anos morando em seu apartamento no quinto andar, resolve que chegou a hora de se mudar para um prédio com elevador.

Carente de carisma, é um filme que parece a todo momento não estar muito preocupado com o que está entregando, mas que também não incomoda. Só não permanece.

Um Grande Momento:
“Adorável!”

Ruth-e-alex_poster

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Fn4SDZPKl80[/youtube]

[Festival do Rio 2015]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
Botão Voltar ao topo