Crítica | Streaming e VoD

A Série Divergente: Convergente

(The Divergent Series: Allegiant, EUA, 2016)

Ação
Direção: Robert Schwentke
Elenco: Shailene Woodley, Zoë Kravitz, Naomi Watts, Theo James, Miles Teller, Maggie Q, Jeff Daniels, Ansel Elgort, Bill Skarsgård, Jonny Weston, Octavia Spencer
Roteiro: Veronica Roth (romance), Noah Oppenheim, Adam Cooper, Bill Collage
Duração: 121 min.
Nota: 5 ★★★★★☆☆☆☆☆

Tris e sua turma estão de volta aos cinemas. Depois de descobrir os segredos por trás da criação de Chicago e permitir um golpe que depôs a líder autoproclamada Jeanine do poder, a divergente e seu namorado decidem obedecer à mensagem recebida dos fundadores.

Terceiro filme da franquia, A Série Divergente: Convergente deve ser assistido do mesmo modo que seus antecessores, desligando o botão da qualidade e deixando que a história vá se conduzindo entre ação e cenas angustiantes.

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Muito mais carregado, em seu começo, nos movimentos estrambólicos de câmera e nas tentativas risíveis de criar alguma curiosidade com a alternância de ponto focal, acompanhamos o surgimento de uma nova classe dominante, com novas regras e uma nova líder.

Ainda que a política por trás de tudo tenha alguma coisa de interessante, justamente por esse jogo de poder, o filme se concentra na ação. E, como todo filme de ação, nada chama mais atenção do que as muitas fugas, tiros e explosões.

Convergente_interno

Quanto ao elenco, que tem sempre aparições de peso à medida que os episódios vão sendo realizados (Kate Winslet e Ashley Judd em Divergente, Octavia Spencer e Naomi Watts em Insurgente e Jeff Daniels agora), pouca coisa mudou. Com uma história que não se preocupa muito com sua qualidade, nada precisa ser muito surpreendente nessa área, e sobram atuações forçadas e pouco convincentes.

Outro problema, grave para filmes desse tipo, está nos efeitos visuais. Melhores nos filmes anteriores, aqui se perdem no exagero e no nonsense. O muro virtual, as cápsulas protetoras e o banho desinfetante – que acontecem seguidos – são pavorosos.

Mas o trabalho de som e algumas boas cenas de ação acabam chamando mais a atenção dos espectadores que estão dispostos a encarar a jornada. Para estes, o que importa é saber se Trish, mais uma vez equivocada, vai conseguir descobrir a verdade; o que vai acontecer com a guerra entre os sem-facção e o pessoal da amizade; e como tudo vai acabar.

A Série Divergente: Convergente está longe de ser um bom filme e não se preocupa muito em fingir que é, o que não deixa de ser uma qualidade. Além do mais, entrega exatamente aquilo que o público espera: adrenalina e muita ação. É entretenimento vazio, mas nem por isso deixa de ser entretenimento.

Um Grande Momento:
Voltando para Chicago.

Convergente_poster

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ttdRr-Hw01g[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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