(Love in the Time of Cholera, EUA, 2007)
Drama
Direção: Mike Newell
Elenco: Javier Bardem, Giovanna Mezzogiorno, Unax Ugaldi, John Leguizamo, Fernanda Montenegro, Hector Elizondo, Liev Schreiber
Roteiro: Ronald Harwood (roteiro) , Gabriel García Márquez (romance)
Duração: 139 min.
E essa pergunta não quer calar: por que colocar um monte de gente com sotaque latino falando inglês mesmo? Aguardei tanto tempo para assistir Amor em Tempos do Cólera e, não posso negar, a decepção foi enorme.
O filme é longo demais e parece não encontrar um ritmo a seguir. A adaptação é sofrível e não chega nem perto do que o livro traz. García Marquéz praticamente só empresta o nome para um filme que não consegue sair do lugar.
O tempo passa rápido e de repente se prende em coisas irrelevantes. Algumas coisas que poderiam ter ficado fora do roteiro estão lá e outras simplesmente sumiram. Até o cólera do título quase não aparece. Nem a boa trilha sonora, com composições de Shakira (de quem sou fã) combina com as cenas do filme.
A história é a de um amor frustado e a história da vida das duas pessoas que não tiveram a oportunidade de dar vazão a este sentimento. Ele é uma espécie menos chata e muito mais sexual de Wherter e ela, a Amélia dos dias antigos.
Uma coisa que me incomodou muito foi a maquiagem. O envelhecimento dos personagens chegou a beirar o ridículo e a versão jovem de Bardem mais parecia um Cyrano que bateu com a cara na porta. Vale reparar na mão dos personagens principais quando idosos. Haja colágeno, botox e sei lá mais o que para ficar daquele jeito.
Decepção e desperdício de tempo. Newell deixou a impressão de que deveria ter continuado com a série do Harry Potter.
Se dá pra filtrar alguma coisa de bom no filme todo é a atuação de Bardem. Apesar de tudo conspirando contra, ele é o único que consegue demonstrar um certo passar de tempo. Fernanda Montenegro é muito melhor do que aparece, mas no filme está apagada e estagnada.
Um Grande Momento
A expressão corporal de Javier Bardem.
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Globo de Ouro: Melhor Canção (Despedida, de Shakira e Antonio Pinto)
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