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Bellini e o Demônio

(Bellini e o Demônio, BRA, 2008)

Ação
Direção: Marcelo Galvão
Elenco: Fábio Assunção, Rosane Mulholland, Caroline Abras, Christiano Cochrane, Fernanda Couto, Beto Coville, Luíza Curvo, Nill Marcondes, Marília Gabriela, Deto Montenegro
Roteiro: Tony Bellotto (livro), Marcelo Galvão
Duração: 85 min.
Nota: 4 ★★★★☆☆☆☆☆☆
Remo Bellini é a versão brasuca dos populares detetives particulares. Além de beber e fumar demais, não tem dinheiro para nada, vive envolvido com belas mulheres e sempre está envolvido com casos escabrosos.

Criado pelo músico Tony Bellotto, integrante do grupo de rock Titãs, Bellini chega aos cinemas pela segunda vez, em uma nova adaptação. Se no primeiro caso ele devia encontrar uma prostituta desaparecida, agora precisa descobrir o paradeiro do “Livro da Lei”, escrito pelo bruxo Aleister Crowley e que, segundo o filme, teria o poder de evocar o demônio.

Entrando de cabeça na aura mística da história, o diretor e roteirista Marcelo Galvão abusa do vermelho e não poupa imagens de rituais satânicos, sacrifícios, alucinações e usa até uma longa sessão de umbanda para criar o clima, mas exagera.

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Dependente da boa atuação de Fábio Assunção, ainda melhor do que no primeiro filme, o longa se perde nos muitos atrativos que tenta criar. O roteiro fraco e confuso e um elenco secundário perdido também não colaboram.

Mas o principal problema é a montagem equivocada e, de certa maneira, apegada. Daquelas que deixam para trás cenas desnecessárias simplesmente porque gostam dela esteticamente. E longe de empolgar como Bellini e a Esfinge, o filme vai caminhando meio desinteressante até o final que surpreende, mas não justifica.

Daqueles para se ver em momentos ociosos e sem grandes expectativas. Quem está buscando mensagem e tramas complicadas pode ficar bem frustrado.

Um Grande Momento

Nenhum momento chama tanta atenção assim.

Links
IMDb
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Y87bJNqF31Q[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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