- Gênero: Comédia romântica
- Direção: Steven K. Tsuchida
- Roteiro: Eirene Donohue
- Elenco: Rachael Leigh Cook, Scott Lý, Missi Pyle, Ben Feldman, Thanh Truc, Nsut Le Thien, Glynn Sweet, Alexa Povah, Jacqueline Correa, Nondumiso Tembe, Mordan Dudley, Andrew Barth Feldman
- Duração: 93 minutos
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A diferença de Los Angeles para o Vietnã é bem maior do que a de São Paulo para o Rio de Janeiro, então uma história de amor que se desenvolva entre os dois primeiros lugares é muito mais complexa de dar certo que uma entre os outros dois. Logo, temos a estreia de hoje da Netflix, Guia de Viagem para o Amor, mostrando que existem cada vez menos limites para testar a vontade de um casal para ficar junto no cinema. O resultado é um típico passatempo do streaming que vai ficar nos primeiros lugares durante um tempo, até ser esquecido por algum novo título tão pouco marcante quanto esse; o que pega aqui é a experiência do momento. Para o público padrão, pode ser que essa narrativa ainda valha a pena, e o charme é incontestável.
A verdade é que Guia de Viagem para o Amor parece um institucional na linha “visite o Vietnã”, mas se formos olhar para esse lado, esse deve ser um dos mais bem sucedidos institucionais já vistos. Durante hora e meia, somos confrontados com o que o exótico país asiático tem de mais excitante, aconchegante e, obviamente, bonito e típico. Todos os pontos relevantes são apertados: tanto temos paisagens exuberantes a serem vistas, quanto o filme segue a tendência da protagonista e oferece uma jornada fora dos cartões postais. Será o suficiente para vender quantidades exorbitantes de passagens para lá durante a próxima temporada? Esperemos que sim, porque o filme faz o possível para tornar a experiência inesquecível – ao menos a visual.
O diretor Steven K. Tsuchida tem vasto currículo entre séries populares (Cobra Kai, Inside Amy Schumer, Dear White People e muitas outras), e uma experiência anterior com um longa para a Netflix (Fugindo do Amor), e aqui ele não tem medo de parecer uma propaganda turística. Isso talvez seja um problema menor porque o filme praticamente assume essa porção e vende mesmo o Vietnã de maneira aberta, tecendo comentários bastante delicados sobre como o país é visto até hoje, ainda muito atrelado à guerra. O filme talvez funcione como um exorcismo dessa terra com uma vocação ao sofrimento que não é o interesse deles enquanto Estado, e com isso tenta desmistificar essa aura que o país vestiu durantes tantos anos.
Guia de Viagem para o Amor é diversão segura que não incomoda ninguém, de ideias parecidas com as de sua protagonista, Amanda, uma mulher que prefere a segurança. Ao abrir mão do risco, a jovem mulher recebe de volta da vida um sem número de sacudidas, enquanto ela insiste em se manter estática. Ao conhecer Sinh, o simpático guia turístico que a empresa vietnamita coloca à sua disposição, Amanda percebe que sua existência segura era uma porta de encerramento a tudo que tem a ver com livre arbítrio. Juntos, eles mostram um ao outro o significado dos opostos que são, e com isso passam a aprender mais do que ambos teriam a ensinar.
O filme também não cansa de abusar dos clichês, o que o faz parecido com meia dúzia de produções ‘netflixianas’, onde uma pessoa precisa viajar o mundo para comprar algo que não quer ser vendido. A diferença de Guia de Viagem para o Amor é o que o torna vívido, com suas expressões de contentamento vindas de uma jornada que é um presente para o espectador. O filme não tem medo da modéstia e escolhe ser o mais simples possível, para que não se afaste nenhum possível espectador; ou seja, faltou ao roteiro de Eirene Donohue compreender a própria protagonista e se libertar de sua porção comportada e segura em excesso. Pode servir para ter um norte a seguir, mas o que vemos na tela é um grupo de clichês que qualquer outra produção já esgotou, tamanha a exaustão de utilização.
Quem mais tende a lucrar com Guia de Viagem para o Amor é sua protagonista, a sumida Rachael Leigh Cook. Prestes a completar 44 anos, Cook estourou em 1999 com o sucesso de ocasião Ela é Demais, ao lado de Freddie Prinze Jr.. Tentou reproduzir esse êxito nos anos seguintes, sem sucesso. Há três anos, estrelou na Netflix Amor Garantido, sua volta ao protagonismo com sucesso, o que nos trás até aqui, que ela inclusive está produzindo. Uma atriz carismática, que forma um par bonito com Scott Lý, acaba se tornando o motivo para conferir essa nova comédia romântica. Isso e a viagem gratuita até o Vietnã que o filme nos proporciona, lógico.
Um grande momento
O diálogo de Amanda com a avó de Sinh
Parecia mais um filme para ocupar o tempo livre e ocupou meu coração! Leve, doce sem ser açucarado, previsível sob cenários encantadores! Vietnã você pulou a vez na fila dos meus para conhecer!
Assisti agora !
E o filme conseguiu me emocionar com sua simplicidade!
No início achei que ia ser chatinho , mas logo que Amanda chegou no Vietnã , tudo mudou … para melhor .
O filme como vc disse , vendeu o Vietnã de uma forma: venha me conhecer !!
Belíssimo lugar , deixando para trás a imagem da guerra que tanto destruiu o país e seus habitantes .
Mostrou um país que conseguiu se recuperar e progredir .
Observação : a cena que mais me emocionou , foi quando chegaram às ruínas do templo ( parecia que eu estava lá ) .
Nota 10 , mesmo sendo um água com açúcar , pq conseguiu me tocar mostrando algo diferente : um povo acolhedor ❤️