Crítica | Streaming e VoD

Hackers no Controle

(The Takeover, NED, 2022)
Nota  
  • Gênero: Ação
  • Direção: Annemarie van de Mond
  • Roteiro: Hans Erik Kraan, Tijs van Marle
  • Elenco: Holly Mae Brood, Geza Weisz, Frank Lammers, Susan Radder, Walid Benmbarek, Noortje Herlaar
  • Duração: 87 minutos

Com certeza você já viu isso antes, e mais de uma vez. Hackers no Controle é um daqueles filmes frenéticos onde o conhecimento em informática, vazamento de dados e quebra de segurança de sistemas coloca alguém em situação de perigo, causando uma daquelas situações de fuga de perigosos que dominam o ambiente cibernético. Aqui, a protagonista é Mel Bendison, uma hacktivista e especialista que presta serviço a grande empresas encontrando falhas em seus códigos.

Em um de seus trabalhos, encontra um vazamento estranho e, usando seu método usual para parar o ataque — um cavalo de troia com uma marca registrada –, vê sua casa invadida e começa a sua fuga pela cidade de Roterdã. Tudo até que descubramos que por trás de tudo há uma grande conspiração que coloca em perigo a segurança mundial e quem se aproveita dela são os mesmos vilões de sempre. Surpresa nenhuma.

Hackers no Comando
Mark De Blok/Netflix

Apesar do pano de fundo batido, há uma trama interessante em Hacker no Controle, que faz uso do ultramonitoramento, identificação facial e ônibus que dirige sozinho. Para acompanhar toda a parte mais cibernética e tecnológica, com sistemas e encriptações, muitas explicações detalhados sobre o uso de dados vazados à gente como a gente na figura de Thomas Deen, o novo crush da protagonista.

Apoie o Cenas

A diretora Annemarie van de Mond bebe na fonte de vários filmes conhecidos de ação e encontra no jogo de gato e rato a força para levar o filme adiante como entretenimento eficiente. Ela também faz questão de deixar marcas próprias, principalmente quando tenta imprimir aquilo que imagina ser o modo como alguém que vive como Bendison enxerga o mundo, num jogo de cores que não é tão óbvio como todos aqueles que sempre representam o ambiente virtual.

Hackers no Comando
Mark De Blok/Netflix

Obviamente,  a sensação de coisa requentada, com passagens que lembram muito certas produções de sucesso, e, sim, estou falando especialmente do clímax do filme, incomodam. Mas Hackers no Controle funciona bem quando a intenção é não pensar em nada e se divertir, com alguma tensão e curiosidade.

Um grande momento
Conseguindo entrar no sistema do ônibus

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
Assinar
Notificar
guest

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

4 Comentários
Inline Feedbacks
Ver comentário
Tatiane
Tatiane
12/12/2022 22:24

O filme não tem nada ver, pouco conteúdo e muito palavrão , como os outros críticos disseram está mais para comida requentada.

Alexandre de Figueiredo
Alexandre de Figueiredo
06/12/2022 20:26

Achei fraco, há produções do mesmo gênero melhores.

Burulla Hata
Burulla Hata
12/11/2022 22:35

Li em alguma crítica “Especializada”que o filme traz tema atualizado em um mundo cibernético e não sei mais o que. Na verdade para mim é uma releitura do filme “A rede” (The Net) de 1995 com Sandra Bullock no papel de Angela Benett, uma analista de sistemas da Cathedral Softwares, que já passava por esses e mais sufocos interessantes naquela época. E olha que teve também “A Rede 2.0” que não alcançou o mesmo sucesso do original e agora aparece essa produção Holandesa?? Sensação purinha de marmita requentada.

Botão Voltar ao topo