(Minha Mãe É uma Peça 3, BRA, 2019)
Amadurecimento! Essa palavra define o filme Minha Mãe É uma Peça 3. A crescente de qualidade de produção e a maturidade que a paternidade trouxe a Paulo Gustavo são marcantes no novo filme.
Se no primeiro e no segundo as piadas gordofóbicas, homofóbicas e o apelo aos palavrões e à agressividade eram os gatilhos para arrancar risadas, o terceiro filme praticamente elimina esses recursos de humor e joga luz sobre problemas e doenças que surgem com a velhice.
Chega a causar estranheza a mudança brusca da personagem Hermínia (Paulo Gustavo), antes retratada como a típica mãe ignorante, educando a base de gritos. A última obra da trilogia traz uma Hermínia mais amorosa, compreensiva, sensível e preocupada com a autoestima e segurança dos filhos.
O foco muda do trabalho que os filhos costumam dar e das justificativas para a loucura materna para o limite da interferência na vida dos filhos adultos e o medo da solidão e de se tornar desnecessária.
Isso não muda o caráter duvidoso do humor praticado por Paulo Gustavo, que tem agradado até aqui e batido recordes de bilheteria. A maturidade não apagou sua marca, e a fórmula dos filmes anteriores se repete em Minha Mãe É uma Peça 3.
Ponto bem marcado para cena em que Hermínia banca a ida do filho Juliano (Rodrigo Pandolfo) à uma festa infantil vestido de Emília em uma de suas recordações. Nos filmes anteriores a cena não seria possível.
Um Grande Momento:
Cabelos ao vento.