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Tradição e novos espaços na 43ª Mostra de São Paulo

Aconteceu na manhã de sábado (5) a coletiva de Imprensa da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Dentre os anúncios feitos pela organização, uma das novidades é a exibição de filmes no Theatro Municipal de São Paulo. Graças à parceria da Mostra com a Spcine, o local trará ao público filmes nacionais que conduziram o nosso cinema para fora do Brasil. A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, vencedor do prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard em Cannes e representante brasileiro no Oscar 2020, e Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, primeiro filme dirigido por Bárbara Paz e vencedor de Melhor Documentário em Veneza, serão algumas das obras exibidas no local.

A 43ª edição da Mostra, que exibirá cerca de 300 títulos, dará, aliás, um grande enfoque à produção e realizadores nacionais. O filme de abertura, Wasp Network, é uma adaptação do livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria“, de Fernando Morais, produzido por Rodrigo Teixeira e dirigido pelo francês Olivier Assayas. A sessão para convidados, contará com a participação do diretor, produtor e dos atores Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia e Wagner Moura. Já o filme de encerramento será Dois Papas, novo longa do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Protagonizada por Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, a obra retrata o período anterior à renúncia do Papa Bento 16.

Wasp Network, de Olivier Assayas

Os homenageados desta edição serão os diretores Elia Suleiman e Amos Gitai. Suleiman, além de receber o Prêmio Humanidade, contará com a exibição de O Paraíso Deve Ser Aqui, filme premiado em Cannes deste ano e indicado pela Palestina ao Oscar 2020. Já Amos Gitai será condecorado com Prêmio Leon Cakoff. Ainda sobre o diretor israelense, a Mostra, em coedição com a editora Ubu, lançará “Em Tempos como Estes”, livro composto por correspondências da mãe de Gitai entre os anos de 1929 e 1994. Durante o lançamento, algumas cartas serão lidas por atores brasileiros como Bárbara Paz, Regina Braga e Gabriel Braga Nunes.

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Além das novidades, a Mostra mantém a tradicional sessão na parte externa do auditório do Ibirapuera, exibindo O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, com acompanhamento da Orquestra Jazz Sinfônica em comemoração ao centenário do filme. O auditório do Ibirapuera também receberá a exibição de O Farol, longa protagonizado por Robert Pattinson e Willem Dafoe, que contará com uma masterclass do diretor Robert Eggers. A costumeira programação do Vão Livre do Masp também está mantida, com destaque para a projeção de O Mágico de Oz, em homenagem Rubens Ewald Filho. O filme era um dos favoritos do crítico de cinema que faleceu em junho deste ano.

Parasita, de Bong Joon-ho

Repleta de filmes brasileiros e obras premiadas em festivais internacionais como o sensacional Parasita de Bong Joon-ho (Palma de Ouro em Cannes), Sinônimos de Nadav Lapid (Urso de Ouro na Berlinale), O Jovem Ahmed dos irmãos Dardenne (melhor direção em Cannes) e Fim de Estação de Elmar Imanov (Prêmio da Crítica em Roterdã), a 43ª Mostra de Cinema de São Paulo acontece de 17 a 30 de outubro, em mais de 27 locais, entre cinemas, espaços culturais e CEUS.

A seleção completa já está disponível no site da Mostra.

Mila Ramos

“Soteropaulistana”, publicitária, amante das artes, tecnologia e sorvete de chocolate. O amor pela Sétima Arte nasceu ainda criança, quando o seu pai a convidava para assistir ao Corujão nas noites insones. Apaixona-se todos os dias e acredita que o cinema é capaz de nos transportar a lugares nunca antes visitados. Escreve também no Cartões de viagens imaginárias.
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