- Gênero: Drama
- Direção: Daniel Jaroszek
- Roteiro: Maciej Kraszewski
- Elenco: Dawid Ogrodnik, Piotr Trojan, Beata Zygarlicka, Grazyna Bulka, Maria Pakulnis, Joachim Lamza, Marta Stalmierska, Jakub Nosiadek
- Duração: 115 minutos
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Com o título apresentado, era fácil de imaginar que Padre Johnny fosse um filme religioso, dessa trupe de produções carregadas de doutrina em tom de propaganda. Apesar de ser baseado em eventos reais, o filme não é uma biografia tradicional, embora não deixe de ter seu lugar nessa direção. É exatamente nesses momentos onde parece se apoiar demais na recriação de algum episódio “marcante”, que o filme interessa menos, pois como sempre precisa obedecer certas marcações para fazer sentido. Apesar de algum dose de pieguice, o filme respira bem melhor quando se dispõe a unicamente emocionar o espectador, tarefa que nem precisa de muito empenho, porque a vida de Jan não foi um passeio no parque, e quando o filme flagra o personagem, o caos já estava instaurado.
É verdade que muitas soluções estéticas da direção são apelativas, se não de mau gosto. Não precisava de qualquer ênfase na imagem para acionar o que Padre Johnny já faz desde o início, que é admirar seu protagonista. Realmente um tipo com feitos notáveis, o filme vende uma ideia de um homem impoluto, com categorias de altruísmo raras vezes vistas. Essa ideia está em tudo que Jan materializou para si, através de seus feitos, das vozes que ele empregou. Mas parece não bastar, e aí vemos momentos onde a luz incide sobre o protagonista, em alusão clara a uma espécie de divino materializado. É uma prática bem menos interessante do que poderia ser se houvesse uma crença na narrativa, o que não acontece com frequência.
No lugar de conseguir ultrapassar essas saídas “mágicas”, o filme investe nesses planos inspiradores, e não se deixa levar pelo que de mais tocante que de fato existe em cena, que é a própria existência do protagonista, um personagem fascinante e que não é explorado na grandiosidade que ele mesmo apresenta. Ainda temos a inclusão de um co-protagonista, Patryk, que libera uma nova perspectiva junto ao trabalho do padre. É como se o filme olhasse duas vertentes distintas, a do acolhedor e a do acolhido, em gradações bem apartadas. São dois mundos diferentes, afetados com a chegada de um ao outro, e isso é a mola mestra de tantos roteiros; aqui esse encontro se dá através da necessidade mútua, e pela mudança que um causará à história do outro, e de seus respectivos entornos.
Além da condução ligeiramente cafona, Padre Johnny tem um outro problema, mais grave, que é a supressão de cenas que unam seus pólos de interesse, e em como essas situações estão mal dispostas ao longo da projeção. É uma questão de montagem também, tendo em vista que muitas das sequências estão lançadas em ordem intempestiva no bloco e não conseguem criar uma lógica para a obra. Sequências inteiras parecem ser lançadas na tela de maneira desordenada para criar uma estrutura ‘diferentona’, mas que no fim das contas só contribui para a estranheza geral, e uma não-positiva. É mais uma decisão estrutural que aqui não apenas é subjetiva para o projeto, mas totalmente objetiva: não deu bom, simples assim.
O que acaba por trazer tudo o que o roteiro não consegue é, mais uma vez, a entrega de seus protagonistas em particular, e do elenco como um todo. Dawid Ogrodnik (de Ida) e Piotr Trojan (de Entre Frestas), respectivamente padre Jan e Patryk, têm desempenhos igualmente potentes e tocantes em suas potencialidades. Eles levam seus instrumentos de trabalho, seus corpos, até o limite de suas capacidades, porque acima de tudo Padre Johnny exige deles mais do que o emocional. São duas performances que vão além dos olhos e das vozes (mas também aí entregam superlativos), e que ameaçam jogar sempre estar à beira de um abismo do entendimento de suas carcaças físicas para encontrar explosão cênica.
É esse grupo de atores, de idades tão díspares, que contracenam em comunhão de entrega e com empenhos admiráveis, que faz de Padre Johnny um programa acima da média. A estreia na direção de Daniel Jaroszek conseguiu unir esse grupo de profissionais para enfim calibrar uma intensidade que ele não conseguiu acessar de sua cadeira, mais valia ter dado ainda mais espaço para seu corpo de baile; eles fazem pelo menos a metade do caminho rumo à apreciação popular.
Um grande momento
O anel
Filme Espetacular! 5 estrelas,.disparado!
Monstra o Amor pelo próximo, este mostra como o Protagonista, procurava viver o mandamento da lei de Deus “Amar o próximo como a si mesmo”. Sem palavras, assista e formem suas próprias conclusões, e preparem o lenço para o final!
Belíssimo filme completo e emocionante.
Um filme que eu nunca tinha ouvido falar. Por isso, me vi surpreso com a sua qualidade. Os atores protagonistas dão um show. Há uma cena que me comoveu pela força da atuação de Piotr Trojan: a que ele filma o depoimento de uma paciente. Pela expressão de seu rosto, o filme mostra uma mudança acontecendo na alma daquele homem.
pra dizer o mínimo sobre este filme, digo que é absolutamente inspirador para quem quer ser útil neste mundo etc etc
Uma verdadeira obra prima, amei o filme de todas formas.
No meu ponto de vista foi um ser humano que soube verdadeiramente o que é o significado do amor a cima da religião, esse representa Jesus Cristo.