Crítica | Streaming e VoD

Pânico na Floresta 4: Origens Sangrentas

(Wrong Turn 4: Bloody Beginnings, EUA, 2011)

Terror
Direção: Declan O’Brien
Elenco: Jennifer Pudavick, Tenika Davis, Kaitlyn Leeb, Terra Vnesa, Ali Tataryn, Samantha Kendrick, Victor Zinck Jr., Dean Armstrong, Kristen Harris
Roteiro: Alan B. McElroy (personagens), Declan O’Brien
Duração: 93 min.
Nota: 0 ☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

Se por acaso você estiver de bobeira em casa, passando os canais do Telecine e se deparar com um Pânico na Neve (2011), cuidado! O filme não tem nada a ver com o thriller homônimo lançado em 2010 sobre amigos que ficam esquecidos em um teleférico no meio do inverno. Na verdade, o que se vai ver na telinha é Pânico na Floresta 4: Origens Sangrentas, sequência da péssima franquia dos assassinos canibais da Virgínia Ocidental.

Comprovando que a descrição dos vilões é suficiente para determinar a qualidade do filme, aqui temos três homens deficientes mentais em um sanatório abandonado. Deformados devido a reprodução continuada entre parentes, eles nunca aprenderam a falar e, além de muito maus, são extremamente fortes, não sentem dor e gostam de comer carne humana. Ou seja…

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É com essas figuras que um grupo de jovens (sempre um grupo de jovens) perdido em uma nevasca acaba se encontrando ao buscar abrigo num prédio abandonado que avistam. Embora eles não saibam onde estão entrando, o espectador já teve o desprazer de ser apresentado ao local com um prólogo sanguinolento que não faz muito sentido e não quer ir muito além de chocar.

No mais, só muito mais do mesmo que se vê em filmes do gênero, com um pouco mais de exagero e menos de qualidade. A sensação de repetição de situações e personagens só não incomoda mais porque quem assiste a um filme de terror slasher – aquele com psicopatas e muito sangue – sabe que é isso que vai encontrar. Num primeiro momento, muitas cenas de sexo, aqui também com a variante lésbica, são intercaladas com aquelas típicas brincadeiras idiotas feito pelo bobão inconveniente do grupo, por exemplo.

Os sustos são ineficientes e os vilões acabam provocando o efeito contrário ao esperado. Rir deles é muito mais fácil do que ter medo e algumas situações são tão absurdas, como o fondue de homem vivo, que é preciso ter paciência para superar o momento. Paciência que tambem é fundamental para suportar todos os gritos histéricos que ocupam mais da metade do filme.

Um show de péssimas atuações, com um roteiro completamente vazio e pouco interessante e que não consegue em seus 94 minutos trazer nada de proveitoso para quem assiste ao filme. Embora não seja uma atitude legal, acertou o Telecine em tentar mudar o nome, porque Pânico na Floresta 4 é muito mais fácil de ser ignorado. Afinal de contas, o quarto filme de uma franquia desconhecida tem pouquíssimas chances de render alguma coisa boa.

Realmente pavoroso. Melhor deixar pra lá.

Um Grande Momento:
Nenhum.

Panico-na-floresta-4_poster

Links

IMDb [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Dozq7TJhzHo[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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