(Slumdog Millionaire, GBR, 2008)
Drama
Direção: Danny Boyle, Loveleen Tandan
Elenco: Dev Patel, Ayush Mahesh Khedakar, Tanay Chheda, Freida Pinto, Rubiana Ali, Tanvi Ganesh Lonkar, Azharuddin Mohammed Ismail, Ashutosh Lobo Gajiwala, Madhur Mittal, Anil Kapoor, Saurabh Shukla
Roteiro: Vikas Swarup (romance), Simon Beaufoy
Duração: 120 min.
Minha nota: 7/10
Chegou a vez de falar do filme que conquistou um monte de gente pelo mundo e levou para casa vários prêmios, entre eles o Oscar, o BAFTA e o Globo de Ouro de melhor filme. Explorando uma parte do mundo não muito conhecida pela cultura ocidental, a Índia e várias de suas facetas e cores, Quem Quer Ser um Milionário atraiu a atenção de todos e se firmou como um dos melhores do ano.
Embora tenha muitas qualidades e trate de um tema interessante com muita maestria, para mim, a reação ao filme foi um pouco exagerada. É claro que é muito bom e inovador, mas não tanto assim. Não entrando nos méritos e explicações de todo o sucesso feito, a produção traz, com a história de um menino pobre que conseguiu ganhar o prêmio máximo em um programa de perguntas e respostas na televisão, a realidade da pobreza, da exploração infantil e da violência.
Tudo muito bem explicado com os recortes no tempo que nos levam de um lugar a outro através de vários momentos do jovem Jamal que, apaixonado por Latika e querendo chamar a atenção dela, se inscreve no programa de auditório que mudaria a sua vida. A narração, mesmo que com temas muito diferentes, se parece bastante com a utilizada no romance Mil e Uma Noites, onde histórias são contadas a uma terceira pessoa.
Se algumas passagens são engraçadas, outras são tristes e, assim, várias emoções são provocadas naqueles que assistem ao filme. A fotografia de Anthony Dod Mantle, com vários enquadramentos e aproveitando ao máximo o que as grandes e populosas Mumbai e Agra podem oferecer é realmente muito boa.
O elenco também está muito bem, mas são os dois atores que interpretam Jamal, Dev Patel e Ayush Mahesh Khedakar, adulto e criança, respectivamente, que se destacam no filme. A trilha sonora, apesar de trazer coisas novas, não é muito melhor do que a de outras produções de Bollywood e por isso, talvez, não tenha chamado tanto a minha atenção. Inclusive “Jai Ho”, a canção premiada com o Oscar, me pareceu pior do que outras do próprio filme e parece que só chamou mais atenção pelo número musical que a acompanhava.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi pensar que faltou aquele toque de tempero que Boyle sempre dá em seus filmes e que me agradam tanto. Quem viu Cova Rasa, Transpotting, Caiu do Céu deve ter sentido a mesma coisa.
Entre as outras coisas boas do filme estão a edição, sempre complexa quando se trabalha com presente e passado o tempo todo indo e voltando, e a própria história em si, adaptada do livro Sua Resposta Vale um Bilhão, do diplomata Vikas Swarup.
Uma excelente pedida para dias tranquilos. Mas procure não entrar na sala com a expectativa lá no alto, pois muitos não vão achar o filme isso tudo que andam falando por aí. Inclusive ele é bem parecido com um conhecido exemplar nacional sobre infância, pobreza e violência.
Para quem sempre quis conhecer mais sobre a Índia é muito interessante. Aqueles que acompanham à novela da Globo, Caminho das Índias, também deveriam assistir para ver como tudo é muito diferente do que aparece na telinha todo dias às nove da noite.
Um Grande Momento
Amitabh Bachchan.
Oscar 2009
Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia (Anthony Dod Mantle), Melhor Mixagem de Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pookutty), Melhor Montagem (Chris Dickens), Melhor Música (Jai Ho), Melhor Trilha Sonora (A.R. Rahman)
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Oscar: Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Fotografia (Anthony Dod Mantle), Edição (Chris Dickens), Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pooktty), Edição de Som (Tom Sayers, Glenn Freemantle), Trilha Sonora (A. R. Rahman), Canção (Jai Ho, de A. R. Rahman e Sampooran Singh Gulzar), Canção (O Saya, de A. R. Rahman e Maya Arulpragasam)
BAFTA: Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Dav Pavel), Atriz Coadjuvante (Freida Pinto), Fotografia (Anthony Dod Mantle), Desenho de Produção (Mark Digby, Michelle Day), Edição (Chris Dickens), Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pooktty), Edição de Som (Tom Sayers, Glenn Freemantle), Música (A. R. Rahman)
Globo de Ouro: Filme – Drama, Direção, Roteiro, Trilha Sonora
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Oi, gente!
Carol – Assisti de novo e ainda não achei essas coisas todas. É um filme comum. Divertido, mas comum.
Anônimo – Muita gente gostou muito do filme. Eu já estou meio cansada dessa velha fórmula, mas não acho que o filme seja ruim de jeito nenhum.
Beijocas
O filme é muito bom em diversos aspectos. A história é muito bem contada e com conteúdo que desperta emoções diferentes. Se é genial? Não necessariamente, no entanto sinceramente tem algo de tão especial que faz os espectadores sairem do cinema bastante satisfeitos e com aquela sensação de que a dignidade vale a pena.
Gostei, realmente envolvente, um bom filme. Agora pára td com aquele novela riiiiiiidicuuuuula da globo, nada a ver com a Índia. Me poupe…
Ameiii a dancinha no final do filme!!
Oi, gente!
Estou de volta à casa e ao blog… hehehe.
Depois de todas as reações, revi o filme e mantenho as minhas opiniões.
Brenno – Eu estava bem entusiasmada com o filme. Todo mundo só falava bem e não gostei tanto quanto eu esperava, mas tem grandes qualidades, sem dúvida.
Pedro – Pra mim ainda falta muita coisa para ser um filmaço. Mas claro que ele acrescenta muito ao cinema…
Sérgio – De repente dentre as opções. Mas não acho tudo isso não.
Vinícius – É. Eu não consegui achar tão “temperado” assim. Mas é um filme divertido…
Ibertson – Para mim é só um bom filme e que se destacava entre os outros, mas acho que está longe de ser tudo isso que estão falando. Para mim, os outros filmes são muito superiores.
Wally – Eu também gostei da cerimônia. Achei ótimo ver tanto Hugh Jackman. rs. Brincadeirinha. Mas já notei que eu sou uma das poucas que não gostou tanto do filme, né?
Ramon – Ah que bom que eu não estou sozinha! É bom, sem dúvida… Mas não é tudo isso.
Jessica – Oi, amiga!!! Nossa que lindo!
Achei o negócio da educação pela vivência bem legal no filme também, mas o filme não é tudo que andam dizendo não.
E claro que como cinema independente fez um grande trabalho.
Kaetanus – Não tiro os méritos do filme, mas acho que faltou alguma coisa, sabe? É bom, está tudo certo, mas não é tudo aquilo… E quanto aos filmes nacionais, muita coisa diferente é feita por aqui, mas ou não chega até o grande público ou, quando chega, é duramente criticada por aqueles que acham que sempre é necessário se tratar as mazelas do mundo da maneira como acontece nos títulos mais conhecidos.
Kau – Eu gostei mais de Benjamin Button também, mas não é por isso que falo de Quem Quer Ser. Vejo as qualidades do filme, mas fiquei com aquela sensação de mais do mesmo.
Anderson – Depois quero ver o que você achou. Eu achei supervalorizado.
Robson – A expectativa pode matar um filme. Isso não aconteceu. Apesar de esperar muito, ainda me diverti um bocado. Só que, claro, prestei mais atenção nos detalhes.
Isabela – A chance de você gostar muito mais do que eu é enorme. Só o fato de você não estar esperando muito vai fazer toda diferença.
Ana – Histórias de amor são sempre boas, né?
Agora as novelas da Rede Globo estão sempre muito focadas na vida daqueles que têm dinheiro. Eu não tenho a menor paciência.
Pathy – Nossa Pathy! Muito obrigada pelo selo! Adorei…
Vitor – Nem me fale… O blogger mudou o antigo seguidores para o péssimo Friends Connect. Aí já viu… Além de apagar um monte de seguidores de todo mundo, ainda estragou as nossas listas de favoritos. E o pior: não consigo mais incluir os que eu quero.
Beijocas a todos
ui…nao gosta mais de mim???
nao eh mais minha seguidora…
bjus
Oi Cecília!!
Tem algo para você lá no Eu e Minhas Versões!
http://minhasversoes.blogspot.com/2009/02/blog-maneiro.html
Bjo.
Eu gostei muito do filme apesar de ter momentos muito tristes mas já estava fazendo falta uma história de amor á moda antiga.
Quem vê o Caminho das Indias vai notar uma diferença enorme porque a novela está mais focada nos ricos do que nos pobres o que é uma pena.
Eu ainda não vi, mas já estou triste por ele ter tirado os prêmios de vários outros filmes!
Bem, melhor assistir antes de avaliar se é bom ou não, mas se não for, ficarei tão triste pela injustiça!
(e, infelizmente, não estou esperando muito!)
PARABÉÉÉÉNS, antes de mais nada! Eu gostei bastante de Slumdog. Acho que foi um filme que sem tantas expectativas conquistou pela beleza do filme e do roteiro. Acho que o problema está mesmo na alta expectativa dos espectadores para com o filme, mas quem não espera tanto se surpreende e é melhor esse última opção. Não vi tantos defeitos quanto você! =)
Será mesmo que ele vale tantos Oscar? Só vendo pra saber…
=)
Ciça, achei o filme lindíssimo e me conquistou mesmo. Na verdade, o filme de Fincher era meu favorito, mas Slumdog mereceu tb.
E parabéns pelo seu niver!!!!!!!!!!
Beijos!
Vejo o tal “tempero” do boyle na sutileza em que ele “vomita” a índia. Ao contrário do nosso cinema que esfrega na cara e somente isso. Ai voltamos para casa com a consciência tranqüila… a realidade que boyle cria está ali para “quem consegue” ver.
Mas concordo que muito dos prêmios vem a calhar devido a certo puxa-saquismo diante de uma das indústrias cinematográficas que mais vêm crescendo no mundo – mesmo que nós ainda não a conhecemos.
“Transformação da vida, através de uma educação libertadora, a partir dos espaços, vivências, experiências, culturas. Educar a partir das experiências que as pessoas acumulam ao longo da vida, do que eles têm a dizer, do que eles têm a fazer e a projetar.”
Pra quem já teve algumas aulas de pedagogia (quase sempre MUITO chatas, por sinal)…logo entende o que eu quero dizer.
Quem Quer Ser um Milionário?” mostra justamente o que o grande Paulo Freire já dizia em suas teorias: a educação não é só a da sala de aula. No filme Jamal vai tentar a sorte no “Show do Milhão” indiano e nós,espectadores, vemos que suas experiências de vida são responsáveis por um conhecimento tão grande que permite ao protagonista permanecer na disputa pelo prêmio final.
Excelente!
O filme é inteligente,inovador e realista.Ótima pedida pro final de semana.
E quanto ao Oscar… serve
como uma vitória do cinema independente e como um recado ao mundo: existe vida inteligente também fora do “mundinho” da Academia.
bjos
PS. Oba, amiga! Feliz Aniversário!
Também não achei extraordinário, mas é muito bom.
Nossa, surpresa sua reação não tão positiva quanto ao filme. Espero gostar mais…
Quanto ao OSCAR, adorei a cerimônia!
Ciao!
Achei um ótimo filme, sendo o terceira na lista dos melhores do Danny Boyle (Seguido de Cova Rasa e Trainspotting. Extermínio vem em quarto lugar).
Alguns dos oscars foram merecidos, como fotografia e diretor, sendo finalmente o Boyle reconhecido. (Apesar de preferir Darren Aronofsky, mas que não foi lembrado).
Eu também considero esse longa uma maravilha, acho que gostei bem mais do que você, hehehe. E puxa, achei o longa tão “temperado”, não senti falta disso na direção do Boyle, hehehe =D
Sou suspeito a falar deste longa, afinal considero uma obra-prima do cinema moderno. Oscar mais que merecido.
Achei um filmaço, é o cinema independente mostrando sua força e invadindo Hollywood de vez. O cinema vai ganhar muito com as vitórias desse filme.
É CIÇA, AINDA NÃO VI, MAS SINCERAMENTE ESSE FILME NÃO CAUSA INTUSIASMO (ESCREVI CERTO?), SÓ VOU VÊ-LO POR TER GANHO O OSCAR DE MELHOR FILME E JÁ ESTOU PREPARADO PARA UMA POSSÍVEL DE DECEPÇÃO.
ESPERO ESTAR ERRADO!!!!
BEIJOS